No Festival de Inverno de Garanhuns, acessibilidade para pessoas com deficiência é negligenciada
No mês de julho, ocorreu o 31º Festival de Inverno em Garanhuns, porém a acessibilidade para pessoas com deficiência mais uma vez foi negligenciada. Desde 2017, o Conselho Municipal para Pessoas com Deficiência (Comud) vem tentando estabelecer contato direto com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) para garantir intérpretes de língua de sinais e descrição de áudio em todas as áreas do festival, mas sem sucesso. Diante disso, recorreram ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Após diversas tentativas administrativas e negociações infrutíferas com a Fundarpe, o MPPE decidiu encaminhar o caso ao Tribunal de Contas Públicas de Garanhuns. O tribunal garantiu a acessibilidade em todas as áreas e atividades do festival, ordenando ao Estado de Pernambuco que cumprisse essa decisão.
Apesar disso, o município ofereceu um posto de acessibilidade durante o evento, mas apenas para duas noites por pessoa, podendo ser ampliado conforme demanda. Frisou-se a importância das pessoas com deficiência saberem que suas limitações não devem impedi-las de aproveitar a atração principal do festival.
Entretanto, é importante ressaltar que a luta pela acessibilidade em Garanhuns é exaustiva e precisa ser garantida não apenas durante festividades da cidade, mas em todas as atividades sociais, educacionais e culturais. Ainda há desprezo pelas pessoas surdas e deficientes na região, e é problemático celebrar a acessibilidade como se fosse uma conquista excepcional, ao invés de uma responsabilidade básica.
É necessário lembrar que as pessoas com deficiência e surdas também contribuem para a cultura e não são apenas consumidoras. Um festival inclusivo deve proporcionar oportunidades de trabalho e sustento para eles, em vez de apenas abordar a questão de forma assistencialista.
Diante dessa situação, é urgente reafirmar a importância da inclusão e acessibilidade em todos os espaços públicos. A luta pela igualdade de direitos não deve ser tratada como uma opção, mas sim como uma obrigação do poder público em atender a todas as necessidades das pessoas com deficiência. É fundamental que Garanhuns adote medidas efetivas para garantir um ambiente verdadeiramente inclusivo em todas as suas atividades.
Resumo da Notícia |
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No 31º Festival de Inverno em Garanhuns, a acessibilidade para pessoas com deficiência foi negligenciada. |
O Conselho Municipal para Pessoas com Deficiência (Comud) tentou estabelecer contato com a Fundarpe para garantir intérpretes de língua de sinais e descrição de áudio, sem sucesso. |
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou o caso ao Tribunal de Contas Públicas de Garanhuns, que garantiu a acessibilidade em todas as áreas do festival. |
O município ofereceu um posto de acessibilidade durante o evento, mas apenas por duas noites por pessoa. |
A luta pela acessibilidade em Garanhuns precisa ser garantida em todas as atividades sociais, educacionais e culturais. |
É necessário lembrar que as pessoas com deficiência também contribuem para a cultura e devem ter oportunidades de trabalho e sustento. |
É urgente reafirmar a importância da inclusão e acessibilidade em todos os espaços públicos. |
Com informações do site Brasil de Fato – Pernambuco.