O município de Fortaleza enfrenta desafios na disponibilidade de hospitais para tratar lesões de baixa e média complexidade
Fortaleza, com uma população de cerca de 2,4 milhões de habitantes e uma área de aproximadamente 314 km², enfrenta desafios no que se refere à disponibilidade de hospitais aptos a tratar lesões de baixa e média complexidade. Atualmente, existem apenas três hospitais no local para atender essa demanda. No entanto, um desses hospitais está fechado para atendimento traumatológico há mais de 10 anos.
Essa situação gera uma dificuldade significativa para os moradores locais e visitantes que precisam buscar tratamento médico após sofrerem lesões leves, como torções ou entorses, por exemplo. A jornada rumo aos dois “Frotinhas” em funcionamento torna-se desafiadora e demorada.
As opções são caminhar até um ponto de ônibus e enfrentar trocas em terminais ou utilizar aplicativos de transporte compartilhado. No segundo caso, o tempo estimado da viagem é de aproximadamente 40 minutos, com um custo médio de R$35.
Ao chegar a um dos “Frotinhas”, o usuário encontra filas longas e lentas. Esses hospitais foram projetados para casos moderados, mas acabam também atendendo casos leves. Isso resulta em mistura entre casos cirúrgicos mais graves e casos menores nas filas. Essa dinâmica vai contra os princípios defendidos pela lei orgânica do Sistema Único de Saúde (SUS), que preconiza um atendimento descentralizado.
Considerando que as consultas para casos leves são as mais frequentes, seria mais adequado oferecer atendimento amplamente disponível nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que são mais numerosas e estão melhor distribuídas pela cidade. Alguns estados vizinhos já adotaram esse modelo, apresentando indicadores positivos em relação à qualidade do serviço.
Diante desse cenário, a sugestão é aumentar a disponibilidade de atendimento leve nas UPAs. Dessa forma, os “Frotinhas” poderiam se concentrar plenamente no atendimento de traumas moderados, cumprindo sua importante função secundária como hospitais cirúrgicos e aliviando também a sobrecarga do Instituto Dr. José Frota (IJF) e de toda a rede hospitalar.
É válido ressaltar que João Bosco Sales Nogueira é o diretor técnico da Cooperativa de Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (Coomtoce).
Resumo da Notícia |
---|
O município de Fortaleza enfrenta desafios na disponibilidade de hospitais para tratar lesões de baixa e média complexidade. |
Existem apenas três hospitais para atender essa demanda, sendo que um deles está fechado há mais de 10 anos. |
A falta de hospitais adequados gera dificuldades para os moradores locais e visitantes que precisam buscar tratamento médico para lesões leves. |
As opções de transporte para chegar aos hospitais são caminhar até um ponto de ônibus ou utilizar aplicativos de transporte compartilhado. |
Os hospitais existentes enfrentam filas longas e lentas, misturando casos cirúrgicos graves com casos menores. |
Seria mais adequado oferecer atendimento leve nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para descentralizar o atendimento. |
A sugestão é aumentar a disponibilidade de atendimento leve nas UPAs, deixando os hospitais focados em traumas moderados. |
O diretor técnico da Coomtoce, João Bosco Sales Nogueira, apoia essa proposta. |
Com informações do site Diário do Nordeste.