Inclusão de pessoas com deficiência exige conhecimento e reconhecimento social
No cenário de inclusão social, o termo “deficiente” tem sido alvo de controvérsias e preconceitos. Apesar das mudanças na linguagem e da evolução legislativa, as Pessoas com Deficiência (PCD) ainda enfrentam barreiras físicas, sensoriais, mentais ou intelectuais, além do estigma e do capacitismo. Surge, então, o movimento anti-capacitista, que destaca a ausência de acessibilidade como o verdadeiro obstáculo para uma transformação social abrangente.
A falta de representatividade e o tabu em torno da deficiência são destacados por Juliana Altino, fundadora do Coletivo PCD na USP. Estudante de pedagogia na Faculdade de Educação (FE), Juliana busca promover conhecimento e reconhecimento dos desafios e conquistas das PCDs que estudam na universidade. O coletivo já conta com 48 participantes, entre estudantes, funcionários e simpatizantes.
Para atender às necessidades dos membros do coletivo, foram formados grupos de trabalho que tratam das principais demandas legais, sociais, esportivas e pedagógicas. Essa estrutura permitirá o desenvolvimento de diretrizes e sugestões para embasar políticas universitárias relacionadas à educação e acessibilidade. Além disso, estão sendo discutidas soluções econômicas para serem implementadas com rapidez nas unidades acadêmicas. O coletivo também busca alternativas para incluir os familiares das PCDs no ambiente universitário.
Na perspectiva do grupo, a luta pela inclusão vai além das questões acadêmicas. A rotina nos restaurantes universitários revela obstáculos, como a dependência de terceiros para atividades simples, como se alimentar ou tomar banho. O Coletivo PCD na USP questiona por que não existe um espaço ou uma lista especial para as pessoas com deficiência e seus dependentes, inspirado pelo exemplo dos estudantes com filhos que moram no Complexo Residencial da USP (Crusp).
Diante desse quadro, o movimento anti-capacitista busca ampliar o número de apoiadores e conscientizar sobre os desafios enfrentados pelas PCDs. Promovendo uma visão ampla de inclusão e destacando a importância da acessibilidade, esse movimento visa trazer transformações significativas para uma sociedade mais igualitária. Através do trabalho conjunto do Coletivo PCD na USP, espera-se que medidas concretas sejam adotadas pela universidade visando à inclusão e ao respeito pleno das pessoas com deficiência.
Resumo da Notícia |
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No movimentado cenário de inclusão social, surge o movimento anti-capacitista, que enfatiza a importância da acessibilidade para a transformação social. |
O Coletivo PCD na USP busca promover conhecimento e reconhecimento dos desafios e conquistas das PCDs que estudam na universidade. |
Foram formados grupos de trabalho dentro do Coletivo PCD na USP para tratar das principais demandas legais, sociais, esportivas e pedagógicas. |
O coletivo também está buscando alternativas para incluir os familiares das PCDs no ambiente universitário. |
O movimento anti-capacitista busca ampliar o número de apoiadores e conscientizar sobre os desafios enfrentados pelas PCDs. |
Espera-se que medidas concretas sejam adotadas pela universidade visando à inclusão e ao respeito pleno das pessoas com deficiência. |
Com informações do site USP.