Em reunião promovida pela Defensoria, pessoas com deficiência reivindicam maior acessibilidade na Fonte Nova
A Defensoria Pública da Bahia, como parte de suas iniciativas em apoio às pessoas com deficiência, organizou, na última quarta-feira (16), uma sessão de escuta entre representantes do Arena Fonte Nova, ativistas e membros da rede de proteção às pessoas com deficiência. O objetivo dessa ação foi permitir que esses grupos expressassem suas reclamações e sugestões em relação à falta de acessibilidade no espaço público.
A reunião foi realizada no Conselho Superior da Defensoria Pública e foi conduzida por Claudia Ferraz, defensora titular para a Proteção de Pessoas com Deficiência. Estiveram presentes representantes de instituições e organizações relacionadas à causa das pessoas com deficiência, além dos membros do Arena Fonte Nova.
Durante o encontro, foram discutidas várias demandas e sugestões. Um dos participantes, Antonio Carlos Barbosa, membro do Esporte Clube Bahia e frequentador assíduo do estádio Fonte Nova, relatou que pessoas com deficiência ou problemas de mobilidade têm enfrentado dificuldades para acessar as áreas designadas para elas. Segundo ele, o tempo de espera tem sido superior a uma hora nos últimos tempos. Ressaltou-se a importância de garantir prioridade no atendimento e acesso aos lugares para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Outras questões também foram levantadas durante a reunião. Antonio mencionou problemas relacionados ao número insuficiente de elevadores nas seções do estádio, falta de integração entre banheiros acessíveis e trocadores de bebês, necessidade de oferecer ingressos pela metade do preço aos acompanhantes de pessoas com deficiência e ausência de interpretação em Libras durante a declamação do hino nacional.
Claudia Ferraz reconheceu que, embora o estádio atenda aos padrões técnicos para pessoas com deficiência, existem situações não contempladas pela lei que impedem a plena acessibilidade desses espaços. A defensora ressaltou a importância de repensar a forma como as pessoas com deficiência são vistas e destacou que a inclusão vai além do simples acesso físico. Segundo ela, é necessário desconstruir uma cultura arraigada na sociedade que marginalizou essas pessoas por muito tempo.
Diante das demandas apresentadas durante a reunião, foram sugeridas medidas a serem implementadas pela administração do estádio. Entre elas estão a criação de um comitê de acessibilidade para melhorias, disponibilização de guias sobre acessibilidade no estádio, realização de cursos sobre o tema para os funcionários e campanhas educativas.
A equipe do Arena Fonte Nova se comprometeu a levar essas sugestões aos executivos para análise e possível implementação. A expectativa é que essas medidas contribuam para uma maior inclusão das pessoas com deficiência nesse espaço público tão importante da cidade.
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A Defensoria Pública da Bahia organizou uma sessão de escuta entre representantes do Arena Fonte Nova, ativistas e membros da rede de proteção às pessoas com deficiência. |
Durante a reunião, foram discutidas demandas como a falta de acessibilidade no estádio e a necessidade de prioridade no atendimento e acesso aos lugares para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. |
Foram sugeridas medidas como a criação de um comitê de acessibilidade, disponibilização de guias sobre acessibilidade, realização de cursos para funcionários e campanhas educativas. |
A equipe do Arena Fonte Nova se comprometeu a levar as sugestões aos executivos para análise e possível implementação. |
Espera-se que essas medidas contribuam para uma maior inclusão das pessoas com deficiência no estádio. |
Com informações do site defensoria.ba.def.br.