Deficiente visual, cadeirante e sommelier PCD descrevem ‘liberdade’ após saltos em Chapada; veja vídeos
No primeiro fim de semana de agosto, durante o Festival de Inverno em Chapada dos Guimarães, aconteceu um evento especial que trouxe momentos de pura adrenalina e liberdade para 15 pessoas com deficiência (PcD): o Festival de Paraquedismo de Acessibilidade e Inclusão.
Entre os participantes estava Luys Guilherme Escobar Pinheiro, um estudante cego de 20 anos que, além de se dedicar aos estudos no IFMT, possui paixão pela música e culinária. Mesmo enfrentando barreiras e ouvindo comentários negativos ao longo da vida por conta do preconceito relacionado à sua deficiência visual, ele sempre acreditou que poderia conquistar seus sonhos. Luys descreveu a experiência do paraquedismo como incrível e maravilhosa, sem hesitar em aceitar o convite para participar do evento.
Outra PcD presente foi Rose Garcia, uma funcionária pública determinada que superou as dificuldades impostas pela poliomielite, tornando-se paraplégica. Com coragem e determinação, Rose mudou-se para Cuiabá sozinha em busca de trabalho e estudo. Ela é uma das funcionárias da Casa Civil e possui graduação em Gestão Estratégica do Setor Público e Administração. Sua mãe sempre a apoiou a ser independente e perseguir seus próprios sonhos desde cedo.
Além desses dois inspiradores exemplos de superação, Mário Márcio de Campos também fez parte do evento. Trabalhando na Big Lar em Várzea Grande há 27 anos, ele se tornou um especialista em vinhos no supermercado. Participar do festival de paraquedismo foi uma oportunidade emocionante para ele.
Os relatos dos primeiros saltos paraquedistas de todas as PcD envolvidas destacam a sensação de liberdade proporcionada por essa experiência única. Luys ressalta que é importante abrir mais iniciativas como essa para permitir a participação de pessoas com deficiência em atividades adaptadas, como o surf, mergulho ou balonismo.
Entretanto, fora das alturas, Luys e seus amigos enfrentam desafios diários relacionados à falta de acessibilidade básica em Cuiabá. Para ele, é fundamental que as pessoas com deficiência sejam ouvidas pelo governo para que medidas sejam tomadas e a cidade possa se tornar verdadeiramente inclusiva.
Rose também destaca a falta de acessibilidade na cidade e menciona as dificuldades enfrentadas pelos colegas que utilizam transporte público. Ela ressalta a importância de caminhar nas ruas ao invés das calçadas por conta da presença constante de carros estacionados nelas.
Esse evento especial não só proporcionou momentos emocionantes para os participantes como também trouxe à tona questões importantes sobre inclusão e acessibilidade nas cidades. A partir desses relatos inspiradores, fica claro que o desejo por liberdade, aventura e realização de sonhos está presente em todos nós, independentemente das limitações físicas que possamos ter. Com mais iniciativas inclusivas como esta, poderemos construir um mundo onde todos tenham a chance de alcançar suas ambições e experimentar momentos únicos e inesquecíveis.
Participante | Descrição | Relato |
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Luys Guilherme Escobar Pinheiro | Estudante cego de 20 anos | Descreveu a experiência do paraquedismo como incrível e maravilhosa |
Rose Garcia | Funcionária pública paraplégica | Mudou-se sozinha para Cuiabá em busca de trabalho e estudo |
Mário Márcio de Campos | Funcionário da Big Lar em Várzea Grande | Considerou a participação no festival de paraquedismo emocionante |
Com informações do site Olhar Conceito.