Novo achado em Pompeia revela informações sobre a vida dos escravos romanos
Um novo achado dentro do Parque Arqueológico de Pompeia está fornecendo informações valiosas sobre a vida dos escravos na antiga cidade romana. Trata-se da descoberta de móveis e ornamentações em um quarto na vila romana de Civita Giuliana, localizada a cerca de 600 metros das muralhas da cidade. Essa descoberta é crucial para reconstruir o cotidiano dos escravos, que desempenharam um papel fundamental na manutenção do luxo e da riqueza dos romanos.
Essa representação de um quarto destinado aos escravos foi encontrada exatamente como estava há quase dois mil anos, graças ao uso da técnica do traçado, exclusiva de Pompeia e região. Essa técnica permite criar uma espécie de fotografia atual que revela a situação precária na qual os escravos viviam.
Os materiais encontrados nesse quarto, como móveis e tecidos, assim como os corpos das vítimas da erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., foram cobertos pela nuvem piroclástica e se solidificaram em pedra ao longo do tempo. Por meio do uso de gesso para preencher as marcas no solo deixadas por esses objetos colapsados, é possível visualizar sua forma original.
Esse novo quarto, denominado Quarto A, difere do já conhecido Quarto C, que foi reconstruído anteriormente e contém três berços que também serviam como espaços para armazenamento. Essa diferença nos leva a especular sobre uma hierarquia precisa entre os serviçais. Enquanto um berço é extremamente simples, sem colchão, o outro é mais confortável e caro, sendo conhecido na literatura como uma ‘cama com encosto alto’ com traços de ornamentação vermelha.
Além das camas, foram encontrados vários armários pequenos no quarto recentemente escavado. Esses armários estão parcialmente preservados em gesso. Também foram descobertos ânforas e jarros de cerâmica, juntamente com diversas ferramentas, incluindo uma enxada de ferro. A escavação dos vasos revelou a presença de pelo menos três roedores: dois ratos em uma ânfora e um rato em um frasco posicionado sob uma das camas. Isso sugere as condições precárias e a falta de higiene nas quais as classes baixas viviam durante esse período.
É interessante notar que a estrutura social da servidão buscava impedir fugas e formas de resistência através de mecanismos não físicos como grades ou cofres. Os proprietários utilizavam diversos privilégios para vincular ainda mais os escravos à comunidade, inclusive fazendo com que eles servissem como aliados para vigiar uns aos outros.
Essa exploração arqueológica em Civita Giuliana começou em 2017 e revelou uma atividade ilegal prolongada de escavação na área, resultando em processos criminais e civis. A descoberta recente reforça a necessidade contínua de pesquisas científicas nesse local devastado pelo saque e tráfico ilegal de bens arqueológicos.
Em suma, essas novas descobertas dentro do Parque Arqueológico de Pompeia estão fornecendo informações valiosas sobre a vida dos escravos romanos. Ao estudar os móveis e ornamentações encontrados em um quarto específico, os pesquisadores conseguem visualizar de forma mais clara as condições precárias nas quais esses indivíduos viviam e como eram utilizados para servir aos interesses dos romanos. Essa pesquisa é essencial para reconstruir a estrutura social da servidão na época e compreender melhor a história desse período histórico.
Resumo da Notícia |
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Um novo achado dentro do Parque Arqueológico de Pompeia está fornecendo informações valiosas sobre a vida dos escravos na antiga cidade romana. Trata-se da descoberta de móveis e ornamentações em um quarto na vila romana de Civita Giuliana, localizada a cerca de 600 metros das muralhas da cidade. |
Essa representação de um quarto destinado aos escravos foi encontrada exatamente como estava há quase dois mil anos, graças ao uso da técnica do traçado, exclusiva de Pompeia e região. |
Os materiais encontrados nesse quarto, como móveis e tecidos, assim como os corpos das vítimas da erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., foram cobertos pela nuvem piroclástica e se solidificaram em pedra ao longo do tempo. |
Esse novo quarto, denominado Quarto A, difere do já conhecido Quarto C, que foi reconstruído anteriormente e contém três berços que também serviam como espaços para armazenamento. |
Além das camas, foram encontrados vários armários pequenos no quarto recentemente escavado. Esses armários estão parcialmente preservados em gesso. |
A escavação dos vasos revelou a presença de pelo menos três roedores: dois ratos em uma ânfora e um rato em um frasco posicionado sob uma das camas. |
Essa exploração arqueológica em Civita Giuliana começou em 2017 e revelou uma atividade ilegal prolongada de escavação na área, resultando em processos criminais e civis. |
Em suma, essas novas descobertas dentro do Parque Arqueológico de Pompeia estão fornecendo informações valiosas sobre a vida dos escravos romanos. |
Com informações do site Terra.