Mulheres pretas ganham três vezes menos que homens brancos no setor cultural
O Observatório de Dados do Itaú Cultural divulgou nesta sexta-feira (29) um estudo que revela a disparidade salarial no setor cultural. De acordo com o estudo, as mulheres negras e pardas recebem, em média, três vezes menos do que os homens brancos nesse segmento.
No caso dos homens, a renda média dos brancos foi de R$6.000 mensais no segundo trimestre de 2023, enquanto os negros receberam R$3.500 e os pardos R$3.700 por mês.
No caso das mulheres profissionais, a situação não é diferente. Enquanto a renda média das brancas é de R$3.700 por mês, as negras recebem em média R$2.200 e as pardas R$2.000.
Essa desigualdade salarial no setor cultural reflete a desigualdade social presente na economia brasileira.
Além disso, há também uma disparidade racial evidente nas indústrias criativas: a maioria dos trabalhadores são brancos, enquanto negros e pardos representam apenas 42% dos cargos nesse setor.
Por outro lado, quando analisamos a questão de gênero, observamos um equilíbrio um pouco melhor. Cerca de 53% dos trabalhadores nas indústrias criativas são homens e 47% são mulheres. No entanto, na economia em geral, os homens representam 57% dos empregos, enquanto as mulheres têm uma participação de apenas 43%.
A economia criativa engloba diversas áreas, como cultura, moda, design, arquitetura, artesanato e comunicação publicitária, entre outras especialidades.
O estudo do Itaú Cultural chama a atenção para a necessidade de políticas mais afirmativas e conscientização por parte dos setores culturais e criativos para combater esse problema de desigualdade salarial.
Portanto, fica evidente que a desigualdade salarial no setor cultural ainda persiste e que é preciso dar continuidade aos esforços para mudar essa realidade e promover mais igualdade de oportunidades para mulheres negras e pardas nesse segmento.
Resumo da Notícia |
---|
O Observatório de Dados do Itaú Cultural divulgou um estudo que revela a disparidade salarial no setor cultural. Mulheres negras e pardas recebem, em média, três vezes menos do que homens brancos. |
No segundo trimestre de 2023, a renda média dos homens brancos foi de R$6.000 mensais, enquanto homens negros receberam em média R$3.500 e homens pardos R$3.700 por mês. |
A renda média das mulheres brancas é de R$3.700 por mês, enquanto mulheres negras recebem em média R$2.200 e mulheres pardas R$2.000. |
Na economia brasileira, há uma disparidade racial evidente nas indústrias criativas: a maioria dos trabalhadores são brancos, enquanto negros e pardos representam apenas 42% dos cargos nesse setor. |
Na economia em geral, os homens representam 57% dos empregos, enquanto as mulheres têm uma participação de apenas 43%. |
No segundo trimestre deste ano, foram gerados cerca de 188 mil empregos na economia criativa, um aumento de 3% em comparação com os primeiros três meses do ano. |
O estudo do Itaú Cultural destaca a necessidade de políticas mais afirmativas e conscientização para combater a desigualdade salarial no setor cultural. |
Com informações do site UOL.