Disney: 100 anos de encantamento em meio a crises

Disney completa 100 anos em meio a crises

A Walt Disney Company está comemorando seu centenário em um ano conturbado, marcado por desafios em vários setores. A empresa, que completa cem anos nesta segunda-feira (16/10), encantou várias gerações com seus personagens carismáticos e se tornou a maior do mundo no ramo do entretenimento. Fundada em 1923, a Disney descobriu desde cedo como obter lucros através da diversão, inaugurando produções de filmes animados.

Entretanto, nem tudo são flores para a gigante do entretenimento. No meio das celebrações planejadas para o centenário, a empresa está enfrentando uma série de crises internas.

Uma das primeiras polêmicas ocorreu quando o CEO Bob Chapek manifestou seu posicionamento contrário à lei “Não diga gay”, que proíbe as escolas na Flórida de abordarem temas relacionados à orientação sexual e identidade de gênero. Em resposta, os republicanos aprovaram uma legislação que designou um novo conselho diretor para supervisionar o parque temático e distrito hoteleiro da Disney. Em contrapartida, a empresa moveu um processo contra o governador e outros funcionários estaduais, acusando-os de uma campanha de represálias governamentais destinada a obstruir o desenvolvimento do parque.

Além disso, o governador encerrou as políticas de contratação inclusivas na empresa em agosto, eliminando o comitê de diversidade, equidade e inclusão junto com todas as funções relacionadas.

Outro golpe para a Disney foi uma das maiores greves da história de Hollywood em 60 anos. Os roteiristas suspenderam seu trabalho em maio, exigindo melhores salários e reconhecimento por seu trabalho. Em julho, o comitê nacional do Screen Actors Guild (SAG-AFTRA) convocou uma greve, afetando não apenas os estúdios da Disney, mas toda a cadeia de produção nos Estados Unidos. As greves buscavam melhorar os salários, ajustar os pagamentos por reprises e estabelecer diretrizes para o uso de Inteligência Artificial (IA) na indústria.

Embora a greve dos roteiristas tenha chegado a um acordo em setembro, os atores continuam em greve e as negociações foram suspensas pelos executivos do estúdio na semana passada.

Enquanto isso, do outro lado do Oceano Atlântico, a Disneyland Paris também enfrentou uma greve em junho. Cerca de mil funcionários reivindicaram melhores salários e até ocuparam o castelo da Bela Adormecida com cartazes criticando suas condições de trabalho.

Apesar das crises internas enfrentadas pela Disney em seu centenário, é inegável que sua contribuição para o mundo do entretenimento ao longo desses cem anos permanece icônica e inesquecível.

Com informações do site Estado de Minas.