No Brasil, 21,1 milhões de pessoas estão em grave insegurança alimentar, aponta relatório da FAO
No dia 7 de agosto de 2023, foi publicado um artigo intitulado “ODS 2” pelo autor Francisco Menezes. Este artigo discorre sobre a permanência do Brasil no Mapa da Fome da ONU, uma situação não surpreendente, dado o empobrecimento rápido de uma parte da população e o desmantelamento das políticas de segurança alimentar e nutricional ocorridos anteriormente.
O relatório “O estado da segurança alimentar e nutrição no mundo”, divulgado recentemente pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), confirmou as preocupações já existentes ao apontar que no Brasil havia 21,1 milhões de pessoas em condição grave de insegurança alimentar e 49,2 milhões em insegurança alimentar moderada durante o período de 2020 a 2022. Essas estatísticas evidenciam uma tendência discutida anteriormente pela Rede Penssan.
Diante desse panorama alarmante, é possível extrair cinco advertências principais para o país. A primeira delas é que não há tempo a perder: a emergência alimentar precisa ser enfrentada imediatamente. Medidas já foram tomadas para obter resultados rápidos, como a reintrodução do programa Bolsa Família com correções e transferências adicionais para famílias vulneráveis.
A segunda advertência é que não basta sair do Mapa da Fome temporariamente, como ocorreu nos últimos anos. É necessário intervir nos fatores estruturais responsáveis pela pobreza, insegurança alimentar e fome. Restabelecer o valor do salário mínimo e implementar uma política nacional de abastecimento para regular os preços dos alimentos básicos são fundamentais nesse processo. Além disso, é importante combater as desigualdades étnico-raciais, de gênero, idade e regionais, que também se refletem na segurança alimentar.
Outro aspecto preocupante observado no relatório é a prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil, inclusive entre os mais jovens. Isso indica a necessidade urgente de promover educação nutricional adequada e encontrar alternativas aos alimentos ultraprocessados, que são mais acessíveis economicamente.
Diante desse cenário complexo, o Brasil precisa agir com eficiência para enfrentar a questão da fome e da insegurança alimentar. É necessário ter uma abordagem sistêmica que envolva políticas claras de combate à pobreza, regulação dos preços dos alimentos básicos e promoção da educação nutricional. Somente assim será possível garantir o direito básico de toda a população a uma alimentação suficiente e saudável.
Notícia: Relatório Detalhado: ODS 2 | |
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Autor | Francisco Menezes |
Situação | Brasil permanece no Mapa da Fome da ONU |
Insegurança alimentar grave | 21,1 milhões de pessoas |
Insegurança alimentar moderada | 49,2 milhões de pessoas |
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Com informações do site #Colabora.