Fisco corrige tabelas de IRS para permitir ganho líquido a pais com filhos deficientes
No dia 1º de agosto deste ano, os funcionários que possuem filhos dependentes com uma deficiência igual ou superior a 60% terão a oportunidade de reter mais, ou até menos, em relação ao imposto de renda. Essa mudança foi estabelecida como resposta a uma injustiça fiscal exposta pelo Dinheiro Vivo e será implementada mediante a solicitação dos trabalhadores aos seus empregadores.
Anteriormente, filhos com deficiência eram considerados equivalentes a cinco filhos saudáveis, o que resultava em maiores deduções fiscais. No entanto, as novas tabelas do Ministério das Finanças reduziram esse peso para 3,5 filhos sem deficiências, aumentando as deduções e consequentemente causando uma perda de renda líquida para os pais. Porém, agora essa falha será corrigida e os trabalhadores terão a opção de escolher o novo regime fiscal.
A partir de agosto, salários brutos mensais iguais ou superiores a 1118 euros serão isentos de deduções se os trabalhadores optarem pela nova solução. Isso significa uma diferença significativa para aqueles que foram penalizados com deduções que variavam entre um e 161 euros por mês em julho. O objetivo principal das novas tabelas é reduzir as deduções e equilibrar os valores retidos com a carga fiscal efetiva.
Além disso, o valor máximo que pode ser deduzido por dependente aumentará consideravelmente. De acordo com um despacho do Ministério das Finanças, a dedução poderá ser multiplicada até três vezes para indivíduos solteiros ou casados com um único titular, ou até seis vezes para casais com dois titulares. Isso resulta em uma dedução máxima de 84,82 euros aumentando para 254,46 euros na primeira situação e para 508,92 euros na segunda.
Se analisarmos exemplos específicos, veremos que um salário bruto mensal de 1200 euros para uma pessoa solteira terá um ganho líquido de 13,20 euros em comparação com a primeira metade do ano e de 24,52 euros em comparação com julho. Isso resulta em um salário líquido total após as contribuições sociais de 1068 euros.
Porém, é importante ressaltar que essa mudança não será automática e os funcionários precisarão comunicar sua decisão aos seus empregadores. A partir daí, o valor líquido de seus salários poderá ser aumentado desde agosto. O Ministério das Finanças realiza sua quarta alteração no sistema de retenção este ano, visando corrigir injustiças fiscais e evitar aumentos nas deduções salariais.
Em suma, a mudança no regime fiscal trará benefícios significativos aos pais que possuem filhos dependentes com deficiência. Ao optarem pelo novo regime, eles terão a oportunidade de reter menos imposto de renda e evitar perdas causadas pelas deduções fiscais. Essa medida corretiva por parte do governo visa garantir equidade e justiça no sistema fiscal do país.
Data | Detalhes |
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1º de agosto de 2021 | Funcionários com filhos dependentes com deficiência igual ou superior a 60% poderão reter mais ou menos imposto de renda |
Anteriormente | Filhos com deficiência eram considerados equivalentes a cinco filhos saudáveis, resultando em maiores deduções fiscais |
A partir de agosto | Salários brutos mensais iguais ou superiores a 1118 euros serão isentos de deduções se os trabalhadores optarem pela nova solução |
Novas tabelas | Reduzem as deduções e aumentam o valor máximo que pode ser deduzido por dependente |
Exemplo específico | Salário bruto mensal de 1200 euros terá um ganho líquido de 13,20 euros em comparação com a primeira metade do ano e de 24,52 euros em comparação com julho |
Comunicação necessária | Funcionários precisam comunicar sua decisão aos empregadores para que o valor líquido de seus salários seja aumentado desde agosto |
Objetivo | Corrigir injustiças fiscais e evitar aumentos nas deduções salariais |
Com informações do site Dinheiro Vivo.