FITA debate Inclusão, acessibilidade e inteligência em cidades no 3º dia
No sábado à tarde (17), durante o terceiro dia da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA), Guiga David, especialista no campo da acessibilidade, fez uma apresentação sobre “Inclusão e acessibilidade no turismo”.
Durante sua fala, ele ressaltou a importância do programa de Turismo Inclusivo e Acessível, mantido pelo governo federal desde 2012, que visa atender a aproximadamente 45 milhões de brasileiros com deficiências.
Guiga argumentou que é fundamental cumprir a legislação de acessibilidade e destacou que não atendê-la pode resultar em multas. Ele também questionou os custos envolvidos na inclusão, afirmando que o verdadeiro custo está em perder o potencial mercado representado pelos cerca de 20% dos brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, segundo dados do IBGE.
Além disso, ele enfatizou que as pessoas com deficiência costumam viajar acompanhadas por pessoas sem deficiência, resultando em um aumento no consumo de produtos e serviços turísticos.
O objetivo do programa do Ministério do Turismo é promover a inclusão social e garantir o acesso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida às atividades turísticas. Para isso, é necessário o desenvolvimento de um design universal nos projetos arquitetônicos de hotéis, pousadas e outras estruturas turísticas.
Luyann Rodrigues, bióloga e especialista em autismo, apresentou números relevantes sobre a acessibilidade nas instalações turísticas. Segundo ela, nos últimos anos, cerca de 53% das pessoas deixaram de viajar devido à falta de acessibilidade no Brasil.
Essas pessoas geralmente têm entre 41 e 50 anos, são da região Sudeste e, na maioria dos casos, mulheres. Além disso, 49% das pessoas com deficiência viajam acompanhadas. Luyann também destacou os direitos das pessoas com deficiência, como transporte público gratuito e descontos em viagens aéreas para acompanhantes.
A psicóloga e agente de viagens Edna Rocha abordou a perspectiva da Psicologia no Turismo. Ela mencionou o papel das emoções na escolha de destinos turísticos e como as experiências afetivas moldam as preferências do turista, influenciando sua fidelidade e participação a longo prazo.
Por fim, Santosha Natália Garcia discutiu “Acessibilidade à Felicidade” e como nossas experiências urbanas moldam as cidades em que vivemos. Com base em sua expertise como jornalista e escritora da Academia da Nova Cidade, ela compartilhou suas reflexões após 13 anos de experiência nessa área.
Em suma, a apresentação durante a FITA destacou a importância do programa de Turismo Inclusivo e Acessível do governo federal para promover a inclusão social e garantir o acesso às atividades turísticas para as pessoas com deficiência. A necessidade de cumprir a legislação de acessibilidade foi enfatizada, juntamente com os benefícios econômicos de atrair esse nicho de mercado. Além disso, foram abordadas questões relacionadas ao autismo e à psicologia no turismo, proporcionando uma visão ampla sobre o tema.
Resumo da Notícia | |
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Evento | Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA) |
Data | Sábado, 17 de agosto |
Tema | Inclusão e acessibilidade no turismo |
Programa | Turismo Inclusivo e Acessível do Governo Federal |
Objetivo | Promover inclusão social e acesso às atividades turísticas para pessoas com deficiência |
Benefícios | Aumento do consumo de produtos e serviços turísticos |
Legislação | Obrigatoriedade de cumprimento da acessibilidade |
Números | 53% das pessoas deixaram de viajar devido à falta de acessibilidade |
Direitos | Transporte público gratuito e descontos em viagens aéreas para acompanhantes |
Psicologia no Turismo | Emoções influenciam escolha de destinos e fidelidade do turista |
Experiências Urbanas | Reflexões sobre a acessibilidade e felicidade nas cidades |
Com informações do site Agência Pará.