Depoimento de hacker na CPI do 8 de Janeiro revela senhas frágeis do CNJ
O depoimento de um hacker durante uma investigação no Congresso revelou senhas extremamente fracas utilizadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após três meses de análise minuciosa, o hacker Walter Delgatti Netto expôs a combinação de usuário e senha que fornecia acesso à Intranet do CNJ, chocando a todos com sua fragilidade.
No depoimento, Netto revelou senhas facilmente adivinháveis usadas pelo CNJ, como “123alterar”, “cnj123” e “p123456”. O fato chamou ainda mais atenção por se tratar de Netto, conhecido como “cracker de Araraquara”. Um vídeo com parte do depoimento foi divulgado e compartilhado nas redes sociais.
Além disso, o hacker admitiu ter recebido R$40.000 da parlamentar Carla Zambelli (PL – SP) para acessar os sistemas judiciais e afirmou ter se reunido com o ex-presidente Bolsonaro para discutir vulnerabilidades nas máquinas de votação eletrônica. Delgatti Netto ficou famoso em 2019 quando vazou mensagens do então Ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro para membros da equipe da Lava Jato e outras autoridades. Desde agosto deste ano, ele está em confinamento.
Essa revelação sobre senhas fracas levanta questionamentos sobre a escolha de senhas fortes. Dados do NordPass mostram que “123nomedapessoa”, “123456” e “Brasil” estão entre as senhas mais comumente usadas. Portanto, é importante adotar senhas mais complexas, tornando o processo de deciframento mais demorado e dificultando possíveis ataques cibernéticos.
Esse caso ressalta a importância da segurança cibernética em instituições governamentais e privadas. A implementação de políticas de senha robustas e a conscientização dos usuários sobre a escolha de senhas fortes são medidas fundamentais para prevenir invasões e violações de dados.
Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil.
Notícia | Relatório: Senhas fracas do CNJ expostas por hacker |
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Data | 8 de janeiro |
Hacker | Walter Delgatti Netto |
Revelação | Senhas facilmente adivinháveis utilizadas pelo CNJ |
Impacto | Chocou a todos com a sua fragilidade |
Depoimento | Divulgado em vídeo nas redes sociais |
Valor recebido | R$40.000 da parlamentar Carla Zambelli |
Reunião | Com o ex-presidente Bolsonaro sobre vulnerabilidades nas máquinas de votação eletrônica |
Antecedente | Vazamento de mensagens do ex-Ministro da Justiça Sergio Moro |
Importância | Sensibiliza para a escolha de senhas fortes e a segurança cibernética |
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Com informações do site CNJ
Um depoimento chocante na CPI do 8 de Janeiro revelou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) utilizava senhas frágeis, colocando em risco a segurança dos dados. O hacker responsável por invadir o sistema do CNJ afirmou que as senhas eram facilmente descobertas e que isso facilitava o acesso indevido às informações sigilosas.
Segundo o depoente, muitas senhas eram compostas por combinações simples como datas de nascimento, nomes próprios e sequências numéricas óbvias. Ele também destacou a falta de medidas de proteção adicionais, como autenticação em duas etapas, tornando o sistema ainda mais vulnerável.
O vazamento das senhas do CNJ pode ter consequências graves, uma vez que envolve dados sensíveis relacionados ao Poder Judiciário. Além disso, abre espaço para possíveis manipulações e comprometimento da integridade das decisões judiciais.
Diante dessas revelações alarmantes, espera-se que o CNJ tome medidas urgentes para fortalecer a segurança dos seus sistemas e garantir a proteção adequada das informações confidenciais. A sociedade precisa confiar na integridade e imparcialidade do Poder Judiciário, e isso inclui a