Inclusão da Pessoa com Deficiência: Avanços Necessários no ABC

Inclusão da pessoa com deficiência precisa avançar no ABC

De acordo com os dados da mais recente pesquisa PNAD Contínua 2022 do IBGE, intitulada “Pessoas com deficiência”, o Brasil possui uma população estimada em 18,6 milhões de pessoas com deficiência acima de 2 anos de idade. Isso representa aproximadamente 8,9% da população nessa faixa etária.

No entanto, na cidade fictícia de ABC, esses números não são refletidos nas estatísticas oficiais e podem parecer pequenos quando comparados ao número de pessoas em cadeiras de rodas nas ruas. No entanto, é importante ressaltar que essas pessoas existem e são alvo de políticas públicas específicas voltadas para a inclusão.

As estatísticas também revelam que as pessoas com deficiência representam 10,5% da taxa de analfabetismo no estado de São Paulo entre aqueles com mais de 15 anos. Além disso, apenas 30,2% dessas pessoas participam do mercado de trabalho, enquanto impressionantes 69,8% estão fora dele.

Em contraste, aqueles sem deficiências têm taxas de participação no mercado de trabalho de 70,9% e uma taxa de desemprego de apenas 29,1%.

A desigualdade começa desde a educação e afeta diretamente a renda média mensal das pessoas com deficiência. Enquanto aqueles sem deficiências recebem um salário médio mensal de R$3.271,00 (segundo dados do IBGE), as pessoas com deficiência têm um rendimento médio menor, atingindo cerca de R$2.246,00.

Ações em ABC Assistência Social e em Santo André

Em ABC Assistência Social na cidade fictícia de Diadema, há 17.733 pessoas com deficiência que recebem serviços da prefeitura através do Departamento de Assistência Social e Cidadania. Dessas, 770 indivíduos recebem apoio direto da assistência social.

O município possui acordos com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Entre os serviços especializados oferecidos, o Centro Diurno é restrito a 25 vagas seletivas e oferece atendimento diário aos pacientes. Além disso, existe o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) com 50 vagas disponíveis. Também são oferecidos programas federais, como Acolhimento Institucional para Jovens e Adultos com Deficiência em Residências Inclusivas (10 vagas) e o Cartão de Identificação para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA).

Já em Santo André, segundo o censo do IBGE de 2010, há um total de 49.952 pessoas com deficiência no município, correspondendo a aproximadamente 7,38% da população local.

A cidade tem adotado várias ações para melhorar a qualidade de vida e inclusão dessas pessoas. Uma delas é emitir mais de mil Cartões de Identificação para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA).

Além disso, o município aderiu ao programa Todas In-Rede do governo estadual, que busca promover o empoderamento e a emancipação das mulheres com deficiência.

Outras iniciativas incluem a capacitação dos motoristas de ônibus em Libras (Língua Brasileira de Sinais), visando facilitar a inclusão e apoio à comunidade surda. A cidade também realiza campanhas de conscientização sobre a importância de respeitar os espaços exclusivos de estacionamento para pessoas com deficiência, além de estar construindo um Centro de Referência para Pessoas com Deficiência. Esse centro será um espaço voltado para orientação, lazer, cultura e ensino do Braille, Libras e outras atividades.

São Bernardo e a priorização da saúde ocular

Por fim, no município fictício de São Bernardo, existem cerca de 61.570 pessoas com algum tipo de deficiência até 2021, sendo que a deficiência visual é a mais prevalente, alcançando 40,8%.

Por esse motivo, a cidade optou por priorizar o Hospital Municipal de Olhos, que está empenhado em oferecer atendimento especializado e de qualidade para as pessoas com deficiência visual.

Com informações do site Repórter Diário.