No Divã Em Paris – A razão do absurdo na deficiência física
Um olhar sobre a sociedade e as crianças deficientes
No relatório de hoje, iremos abordar um importante tema baseado no texto “Mario Pinheiro, de Paris”. Vamos falar sobre como a sociedade lida com as crianças deficientes e as consequências disso na vida cotidiana das famílias.
No passado, em Atenas, as crianças que nascessem com deficiências eram abandonadas e até mesmo jogadas de penhascos. A sociedade não tinha nenhum tratamento para essas pessoas consideradas imperfeitas. Essa prática absurda mostra o desprezo pela sensibilidade humana em favor da razão.
Há quem acredite que a deficiência é um sinal divino e que os pais deveriam abandonar essas crianças para evitar maldições ou desgraças. Esses casos são relatados tanto na mitologia grega quanto nas leis gregas e romanas antigas. Por exemplo, Priapre, filho de Afrodite e Dionísio, era tão defeituoso que foi rejeitado por sua própria mãe, a deusa do amor e da beleza.
No entanto, nos tempos modernos, entendemos que a realidade dos indivíduos nascidos com deformidades requer estudo, compreensão, dedicação, afeto e tratamento inclusivo. Lidar com uma criança deficiente é um desafio diário que exige sensibilidade e sacrifício dos pais.
A busca por sentido em meio ao absurdo
O nascimento de uma criança com deficiência muitas vezes confronta os pais com o absurdo da situação. Encontrar sentido e significado em eventos tão imprevisíveis e anormais é uma busca humana desesperada. Dessa forma, a sociedade tenta atribuir uma causa a essa anormalidade, buscando uma lógica racional para algo que é essencialmente absurdo.
A deficiência é vista como algo monstruoso porque as pessoas tendem a se afastar ao invés de se aproximar. A racionalidade não é suficiente para explicar e compreender a irregularidade inexplicável. É por isso que muitas vezes recorremos à superstição e à busca por causas divinas.
Em contrapartida, o avanço da ciência e da medicina nos permite ter um conhecimento prévio sobre a saúde do feto durante a gestação. Os exames pré-natais podem indicar se haverá alguma anomalia na criança que está por vir. Isso coloca uma grande responsabilidade sobre os pais, que terão que decidir se querem trazer essa criança ao mundo mesmo com as possíveis dificuldades.
Essa decisão pode gerar consequências significativas no relacionamento dos pais, levando até mesmo à separação ou dúvidas sobre a paternidade e maternidade, responsáveis por acusações de anormalidade. Além disso, a indiferença e os olhares julgadores da sociedade também podem impactar negativamente o relacionamento familiar.
Portanto, aceitar ou rejeitar uma criança com deficiência antes mesmo de seu nascimento envolve um misto de angústia e ternura. É um desafio emocional que requer coragem, compreensão e apoio mútuo por parte dos pais.
Neste relatório, exploramos aspectos históricos, mitológicos e sociais relacionados ao tratamento das crianças deficientes. Entender como a sociedade lida com essa questão é fundamental para criarmos um ambiente inclusivo e acolhedor para todos.
Resumo da Notícia |
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No relatório de hoje, abordamos o tema do tratamento das crianças deficientes na sociedade. |
Na Grécia antiga, as crianças deficientes eram abandonadas e até mesmo jogadas de penhascos. |
Algumas pessoas acreditavam que a deficiência era um sinal divino e que as crianças deveriam ser abandonadas. |
Atualmente, entendemos que é necessário oferecer tratamento inclusivo e apoio aos pais de crianças deficientes. |
O nascimento de uma criança com deficiência confronta os pais com o absurdo da situação. |
A sociedade tende a se afastar e ver a deficiência como algo monstruoso. |
Os avanços na medicina permitem conhecer a saúde do feto antes do nascimento, o que coloca uma grande responsabilidade sobre os pais. |
A decisão de aceitar ou rejeitar uma criança com deficiência pode ter consequências significativas no relacionamento dos pais. |
É fundamental criar um ambiente inclusivo e acolhedor para todas as crianças, independentemente de suas deficiências. |
Com informações do site ojacare.com.br