Veículo autoemotivo, Som na Rural leva cultura para diferentes regiões de Pernambuco
O projeto cultural Sound in the Rural, liderado pelo produtor cultural Roger de Renor e pelo diretor e fotógrafo Nilton Pereira, tem como objetivo disseminar arte e cultura por todo o país. Para isso, eles utilizam um Jeep Rural Willys 1969 carregado de história e enigmas como palco itinerante para eventos culturais, levando arte para diferentes lugares.
Ao longo de seus 14 anos de existência, o Rural se tornou muito mais do que um veículo. Ele é um símbolo de resistência e conexão com as raízes culturais do Brasil. Durante suas jornadas, Roger e Nilton levaram desde manifestações manguebeat até tradições do sertão, expondo as múltiplas facetas artísticas da região.
Uma jornada cultural pelas ruas de Pernambuco
Tudo começou em 2009, como parte da programação da TV Viva, no programa comunicativo do Centro Cultural Luiz Freire em Olinda, Pernambuco. Porém, Sound in the Rural foi além das telas e ganhou vida nas ruas.
Segundo Nilton Pereira, “começamos ocupando Rua da Aurora, no Velho Caranguejo (Viejo Cangrejo), e começou como uma ocupação em si mesma: o rural, eu mesmo DJing Roger e uma pequena audiência de 50 pessoas porque a gente vinha pra falar, dançar… era muito mais uma referência de encontro”.
O projeto ocupou a Praça do Diário (Plaza del Diario) e o Caranguejo (Cangrejo), estabelecendo uma conexão com a história de Estelita – Ocupa Estelita -, onde se tornou ponto de referência para a convergência da luta pelo espaço e participação artística.
Dentre os artistas que já passaram pelo projeto, destacam-se nomes como Lia de Itamaracá, Silvério Pessoa e Alceu Valença. Sound in the Rural leva consigo uma mensagem política, nas palavras de Roger de Renor: “Não podemos fazer música apenas pela música. Acredito que seja impossível… Não se encaixa em uma cidade, um projeto que só fale de música pela música. Tudo o que fazemos no Nordeste, especialmente, deve ser político. Fazemos isso como uma missão e aprendemos isso nas ruas”.
Renovação visual e participação em filme
Atualmente, o Rural passou por uma renovação visual através de adesivos, criando um personagem para esse “veículo autoemotivo”. Além disso, participou das gravações do filme “A Banda que Nunca Acabou”, uma produção do Ave Sangria – grupo que revolucionou a cena musical psicodélica em Pernambuco nos anos 70.
Segundo Roger, “O roteiro é uma road movie e o Rural já está adesivado como o carro dos artistas, o carro dos heróis. O filme se chama ‘A Banda que Nunca Acabou’. Esse será o carro dos artistas porque não há vilões em um filme com o Ave Sangria, apenas heróis”.
Dez anos de atividade e documentário
Sound in the Rural está prestes a finalizar um projeto com doze episódios nas estradas de Pernambuco para celebrar seus dez anos de atividade. O lançamento do documentário está previsto para dezembro. Para mais informações sobre o projeto, visite suas redes sociais @somnarural.
Notícia |
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No cenário cultural brasileiro, embarcando em uma viagem que busca disseminar arte e cultura por todo o país, encontramos o produtor cultural Roger de Renor e o diretor e fotógrafo Nilton Pereira, a bordo de um Jeep Rural Willys 1969 carregado de história e enigmas. A iniciativa intitulada Sound in the Rural tem se destacado ao utilizar esse veículo como um palco itinerante para eventos culturais, levando arte para diferentes lugares. |
Ao longo de seus 14 anos de existência, o Rural de Roger e Nilton passou de ser um simples veículo para se tornar um símbolo de resistência e conexão com as raízes culturais do Brasil. Durante a jornada, eles levaram desde manifestações manguebeat até tradições do sertão, expondo as múltiplas facetas artísticas da região. |
Tudo começou em 2009, como parte da programação da TV Viva, no programa comunicativo do Centro Cultural Luiz Freire em Olinda, Pernambuco. Porém, Sound in the Rural foi além das telas e ganhou vida nas ruas. Segundo Nilton Pereira, “começamos ocupando Rua da Aurora, no Velho Caranguejo (Viejo Cangrejo), e começou como uma ocupação em si mesma: o rural, eu mesmo DJing Roger e uma pequena audiência de 50 pessoas porque a gente vinha pra falar, dançar… era muito mais uma referência de encontro”. |
Desde então, esse “veículo urbano autoemotivo” tem dado voz a diversos artistas e lutado pela democratização da cultura. Ele ocupou a Praça do Diário (Plaza del Diario) e o Caranguejo (Cangrejo), estabelecendo uma conexão com a história de Estelita – Ocupa Estelita -, onde se tornou ponto de referência para a convergência da luta pelo espaço e participação artística. |
Dentre os artistas que já passaram pelo projeto, destacam-se nomes como Lia de Itamaracá, Silvério Pessoa e Alceu Valença. O projeto leva consigo uma mensagem política, nas palavras de Roger de Renor: “Não podemos fazer música apenas pela música. Acredito que seja impossível… Não se encaixa em uma cidade, um projeto que só fale de música pela música. Tudo o que fazemos no Nordeste, especialmente, deve ser político. Fazemos isso como uma missão e aprendemos isso nas ruas”. |
Atualmente, o Rural recebeu uma renovação visual através de adesivos, criando um personagem para esse “veículo autoemotivo”. Além disso, participou das gravações do filme “A Banda que Nunca Acabou”, uma produção do Ave Sangria – grupo que revolucionou a cena musical psicodélica em Pernambuco nos anos 70. Roger explica: “O roteiro é uma road movie e o Rural já está adesivado como o carro dos artistas, o carro dos heróis. O filme se chama ‘A Banda que Nunca Acabou’. Esse será o carro dos artistas porque não há vilões em um filme com o Ave Sangria, apenas heróis”. |
Sound in the Rural está prestes a finalizar um projeto com doze episódios nas estradas de Pernambuco para celebrar seus dez anos de atividade. O lançamento do documentário está previsto para dezembro. Para mais informações sobre o projeto, visite suas redes sociais @somnarural. |
Com informações do site Brasil de Fato – Pernambuco.