Tradução em libras torna Festival América do Sul 2023 inédito
O 17º Festival da América do Sul (FAS) tornou-se inédito com a inclusão do público surdo mediante a tradução de performances para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Essa iniciativa pioneira recebeu elogios dos artistas e despertou o interesse do público. O cantor Criolo, por exemplo, interagiu com o intérprete e apreciou o trabalho dos artistas que se expressam através das mãos e expressões faciais.
A acessibilidade foi um tema presente em todo o festival, mas ganhou destaque no palco. Foi graças à gentileza de Criolo que essa iniciativa ganhou mais visibilidade. E sim, pessoas surdas também desfrutam de concertos e performances. Elas conseguem compreender Libras e também se expressam através de gestos. Ana Paula, uma manicure que estava pela primeira vez em um show do FAS, sentiu-se representada pela presença do intérprete no palco e ressaltou a importância da Libras para a comunidade surda.
Música visualmente acessível
Mário Márcio, professor de Letras/Libras, também compareceu ao festival pela primeira vez nesta edição e ficou orgulhoso ao ver um artista elogiando o trabalho dos intérpretes. Ele enfatizou que antes não havia acesso à cultura para a comunidade surda, mas agora têm a oportunidade de conhecer e sentir a música visualmente.
Para tornar possível essa inclusão no FAS, a Comunique Acessibilidade realizou um estudo em parceria com a comunidade surda da cidade. Foram avaliadas as possibilidades de atuação dos intérpretes para determinar a quantidade necessária desses profissionais. Felipe Sampaio, coordenador de acessibilidade na Comunique Acessibilidade, explicou que foram realizadas 20 ações de acessibilidade durante o festival, por meio da Libras ou intervenções com descrição auditiva quando necessário.
Além disso, houve uma oficina literária ministrada por Alessandra, uma professora surda, que abordou o tema “Literatura Surda e Adaptações de Contos Infantis em Libras”. Essa iniciativa demonstrou o protagonismo das pessoas surdas no evento. Telma Nantes de Matos, Subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, também esteve presente na Casa de Memória de Izulina Xavier (Casa Izu), destacando a importância da acessibilidade em um festival internacional como o FAS.
Traduzir um show para Libras requer não apenas técnica, mas também talento, dedicação e comprometimento com a arte, poesia e música. O FAS promoveu ações de acessibilidade com intérpretes de Libras e possibilitou que as pessoas com deficiência participassem dos espaços culturais do festival. A subsecretaria também contribuiu no diálogo para a criação de políticas públicas voltadas à inclusão da comunidade surda.
Resumo da Notícia |
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O 17º Festival da América do Sul (FAS) incluiu o público surdo através da tradução de performances para Libras. |
A iniciativa recebeu elogios dos artistas e despertou o interesse do público. |
O cantor Criolo interagiu com o intérprete e apreciou o trabalho dos artistas que se expressam através das mãos e expressões faciais. |
A acessibilidade foi um tema presente em todo o festival, especialmente no palco. |
A presença do intérprete no palco representou uma importante conquista para a comunidade surda. |
O professor Mário Márcio destacou a importância do acesso à cultura para a comunidade surda. |
Foram realizadas 20 ações de acessibilidade durante o festival, incluindo intervenções com descrição auditiva quando necessário. |
Uma oficina literária sobre Literatura Surda e Adaptações de Contos Infantis em Libras foi ministrada por Alessandra, uma professora surda. |
Telma Nantes de Matos, Subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, destacou a importância da acessibilidade no festival. |
O FAS promoveu ações de acessibilidade com intérpretes de Libras e contribuiu para a criação de políticas públicas voltadas à inclusão da comunidade surda. |
Com informações do site capitaldopantanal.com.br