Livros provocadores confrontam a arrogância das elites
Três livros recentemente lançados nos Estados Unidos abordam o deterioramento das relações sociais entre as elites progressistas e a maioria da população que se sente excluída. Essas obras oferecem soluções desesperadas, mas ao mesmo tempo criticam o progressismo, contribuindo para a paralisia no debate público. É possível observar que o progressismo é o responsável pelo estancamento da discussão pública tanto no Brasil quanto em outros lugares do mundo.
O progressismo é considerado o guardião da humanidade por seus defensores, levando à ideia de que o progresso é o único caminho possível para um futuro de paz e harmonia. Seu argumento oposto é o tradicionalismo, uma visão de mundo que propõe retornar a tradições antigas em busca do bem comum.
Os tradicionalistas são rotulados pelos progressistas como conservadores, reacionários, populistas e iliberais. No entanto, esses rótulos são apenas eufemismos criados pelos próprios progressistas para se referirem às pessoas comuns. Desde 2016, muitos desses “desprezíveis” têm se rebelado contra as elites, como evidenciado por fenômenos políticos como Donald Trump, Brexit, Viktor Orbán, Jair Bolsonaro e até mesmo a ascensão surpreendente de Javier Milei nas primárias presidenciais da Argentina.
No Brasil, essa tensão entre os progressistas e tradicionalistas ganhou destaque após um evento ocorrido em 8 de janeiro (conhecido como golpe contra a democracia), que levou o Supremo Tribunal Federal a impor medidas coercitivas para reprimir os tradicionalistas, agravando ainda mais a divisão no país.
Enquanto isso, três intelectuais americanos – Adrian Vermeule, Sohrab Ahmari e Patrick Deneen – lançaram livros propondo soluções para esse impasse global. É importante destacar que esses autores não fazem parte do chamado manual progressista. Vermeule é constitucionalista em Harvard, Ahmari é um jornalista conhecido e Deneen é professor de filosofia política na Universidade Notre Dame.
Apesar de rejeitarem o rótulo de tradicionalistas, esses três autores defendem uma ordem pós-liberal que substituiria o progressismo por meio de uma mudança no regime político. O livro mais recente de Deneen, “Mudança de Regime”, trata exatamente desse tema.
Esses três autores lançaram suas obras em uma sequência coordenada, abordando temas complementares. Vermeule propõe um “Constitucionalismo do Bem Comum” que restaura o direito comum dos clássicos e vai além das normas escritas. Ahmari explora em “Tirania, Inc.” o perigo representado pela corporação tirânica formada pelas empresas privadas, juntamente com o Estado tecnocrático, que vigia os cidadãos nos aspectos mais íntimos.
Em síntese, esses três livros e seus respectivos autores buscam oferecer soluções para a polarização entre progressistas e tradicionalistas, propondo uma mudança no regime político atual. Com abordagens diferentes, eles tentam fornecer alternativas ao estancamento do debate público e ao consequente deterioramento das relações sociais.
Notícia |
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Relatório sobre o deterioramento das relações sociais entre as elites progressistas e a maioria da população que se sente excluída, conforme abordado em três livros recentemente lançados nos Estados Unidos. |
Essas obras oferecem soluções desesperadas, mas ao mesmo tempo criticam o progressismo, contribuindo para a paralisia no debate público. |
O progressismo é considerado o responsável pelo estancamento da discussão pública tanto no Brasil quanto em outros lugares do mundo. |
Os tradicionalistas são rotulados pelos progressistas como conservadores, reacionários, populistas e iliberais. |
No Brasil, essa tensão entre os progressistas e tradicionalistas ganhou destaque após um evento ocorrido em 8 de janeiro (conhecido como golpe contra a democracia), que levou o Supremo Tribunal Federal a impor medidas coercitivas para reprimir os tradicionalistas, agravando ainda mais a divisão no país. |
Três intelectuais americanos – Adrian Vermeule, Sohrab Ahmari e Patrick Deneen – lançaram livros propondo soluções para esse impasse global. |
Esses autores não fazem parte do chamado manual progressista. |
Apesar de rejeitarem o rótulo de tradicionalistas, esses três autores defendem uma ordem pós-liberal que substituiria o progressismo por meio de uma mudança no regime político. |
Vermeule propõe um “Constitucionalismo do Bem Comum” que restaura o direito comum dos clássicos e vai além das normas escritas. |
Ahmari explora em “Tirania, Inc.” o perigo representado pela corporação tirânica formada pelas empresas privadas, juntamente com o Estado tecnocrático, que vigia os cidadãos nos aspectos mais íntimos. |
Esses três livros e seus respectivos autores buscam oferecer soluções para a polarização entre progressistas e tradicionalistas, propondo uma mudança no regime político atual. |
Com informações do site UOL.