Ufes irá criar fórum para discutir acessibilidade
A Administração da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) anunciou medidas para atender aos requisitos de acessibilidade. Durante reunião, foram discutidas a criação de um fórum de debate, soluções para problemas de infraestrutura e capacitação para professores lidarem com as necessidades dos alunos.
As ações foram definidas em conjunto com representantes dos Programas Educacionais Tutorial (PETs/Ufes), Diretório Central dos Estudantes (DCE), Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci), Superintendência de Infraestrutura, Centro de Acessibilidade Ufes (Naufes) e chefe interino de pessoal. A ideia das capacitações é auxiliar os professores na adaptação ao atendimento das demandas individuais dos estudantes, enquanto as intervenções na infraestrutura visam solucionar problemas urgentes, como buracos em algumas áreas.
A universidade também se comprometeu em colaborar com uma pesquisa conduzida pelo PET Cultura para identificar locais no campus com dificuldades de acessibilidade. Essas iniciativas foram resultado das demandas dos estudantes.
No entanto, durante a reunião também foram apresentadas outras solicitações pelos alunos, como mesas acessíveis no Restaurante Universitário para usuários de cadeiras de rodas e redução do ruído nesse espaço para beneficiar pessoas com autismo. Esses temas adicionais serão debatidos no fórum.
Um protesto protagonizado pelos membros dos PETs motivou a realização dessa reunião. O incidente envolveu a estudante de Pedagogia Vitória Reis, que sofreu um acidente ao tentar acessar uma rampa no Centro de Humanidades e Ciências Naturais (CCHN), onde acabou caindo da cadeira de rodas e batendo a cabeça, ficando inconsciente por algum tempo.
Apesar do susto, após exames médicos, não foram constatadas consequências graves. Mesmo assim, Vitória retornou para participar do evento sobre acessibilidade e inclusão no contexto universitário organizado pelo PET Cultura. Esse incidente ressaltou a necessidade de ações concretas para garantir a plena acessibilidade no campus.
O professor do Centro de Educação e PCD, Douglas Ferrari, possui uma visão diferenciada sobre a criação do fórum de debate. Em sua opinião, seria mais efetivo estabelecer uma associação formalizada, com CNPJ, ao invés de um simples fórum. Ele sugere envolver também representantes da Associação dos Professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes) e do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes).
Douglas ressalta que não é algo novo na Ufes discutir questões relacionadas à acessibilidade. Já houve fóruns semelhantes focados em diferentes temas ao longo dos anos. O professor argumenta que os compromissos assumidos pela universidade até o momento não consideram a acessibilidade em sua totalidade, focando principalmente em questões arquitetônicas e deixando de lado aspectos metodológicos e pedagógicos.
É importante lembrar que a Ufes já possui um plano de acessibilidade estabelecido, mas ainda precisa ser implementado efetivamente. Os desafios são grandes, mas é necessário continuar avançando para promover uma educação inclusiva e igualitária para todos os estudantes na universidade.
Portanto, é fundamental investir em medidas que garantam a plena acessibilidade física e pedagógica no ambiente universitário, envolvendo todos os atores relevantes nesse processo. Somente assim será possível construir um campus mais inclusivo e proporcionar um ensino de qualidade para todos os alunos.
Notícia |
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Administração da Ufes anuncia medidas de acessibilidade |
– Criação de fórum de debate – Soluções para problemas de infraestrutura – Capacitação para professores – Colaboração em pesquisa sobre acessibilidade – Solicitações adicionais serão debatidas no fórum – Incidente com estudante evidencia necessidade de ações concretas – Sugestão de criação de associação formalizada – Compromissos atuais não consideram acessibilidade em sua totalidade – Plano de acessibilidade já existe, mas precisa ser implementado – Investimento necessário para garantir acessibilidade física e pedagógica |
Com informações do site Século Diário.