A música africana, com sua riqueza rítmica e instrumental, é um pilar fundamental na edificação da identidade musical do Brasil. Mas até onde vai a influência dos sons do continente negro nas melodias que ecoam em nossas terras? Do agogô ao berimbau, instrumentos de origem africana ressoam não apenas em práticas culturais como a capoeira, mas também em composições que marcaram época.
Será que conseguimos perceber o batuque ancestral no samba, na bossa nova ou no choro? E como essa herança se manifesta nas grandes celebrações populares, como o Carnaval? Descubra neste artigo do Vlibras como os ritmos africanos se entrelaçam nas manifestações culturais brasileiras, formando um mosaico sonoro que atravessa gerações.
Influência da Música Africana na Cultura Brasileira
- A música africana desempenha um papel crucial no desenvolvimento da identidade cultural do Brasil, especialmente devido ao tráfico transatlântico de escravos.
- Vários instrumentos de origem africana, como o agogô e o berimbau, são essenciais na música contemporânea global e na brasileira.
- O agogô, com seus sinos metálicos, é um elemento percussivo que enriquece a música e a coreografia das danças.
- O berimbau, associado à capoeira, mostra a fusão de música e arte marcial com raízes angolanas.
- O samba, um dos gêneros musicais mais emblemáticos do Brasil, possui influências diretas da palavra angolana “semba”.
- Gêneros como choro, bossa nova e maxixe também são frutos da herança africana, incorporando ritmos como o lundu e instrumentos como a rabeca e o cavaquinho.
- A capoeira é uma expressão cultural que combina música, dança e luta, refletindo a influência da música africana no Brasil.
- Manifestações populares brasileiras, como o Carnaval, o maracatu, a congada e o jongo, têm fortes laços com as tradições africanas.
A música africana é uma fonte rica de ritmos e influências culturais que contribuíram significativamente para a formação da música brasileira. Desde a chegada dos africanos escravizados durante o período colonial, diversos instrumentos musicais de origem africana foram introduzidos no Brasil e continuam sendo utilizados até hoje em composições musicais ao redor do mundo. Um exemplo é o agogô, um instrumento percussivo composto por pequenos sinos que acompanha a música e sinaliza movimentos dentro da composição. Outro instrumento importante é o berimbau, originário de Angola e amplamente conhecido pelos praticantes de capoeira. Além dos instrumentos, os ritmos musicais africanos também encontraram solo fértil no Brasil, resultando em gêneros como o samba, que nasceu no país, mas tem suas raízes na palavra angolana “semba”, que significa umbigada. Outros ritmos brasileiros como o choro, a bossa nova e o maxixe também têm influências africanas, especialmente do ritmo lundu, originário de Angola e que utiliza instrumentos como a rabeca, o reco-reco, maracas e o cavaquinho. A capoeira, uma mistura de música e dança praticada em todo o Brasil, também é uma manifestação cultural influenciada pela música africana. Além disso, as influências africanas na música brasileira se estendem às manifestações populares, como o Carnaval, onde os desfiles e as fantasias têm raízes nas tradições africanas, como os blocos carnavalescos inspirados nos desfiles das aldeias. Outras manifestações populares que têm influência africana são o maracatu, a congada e o jongo. A música africana é um tesouro cultural que enriquece a diversidade musical brasileira e merece ser valorizada e explorada em toda sua complexidade e riqueza.
A influência da música africana na formação cultural do Brasil
A música, como expressão artística, é um dos pilares mais significativos da identidade cultural de um povo. No Brasil, o tecido cultural é profundamente entrelaçado com as tramas sonoras de origem africana. A influência africana na música brasileira é uma herança que se manifesta em diversos aspectos, desde os instrumentos até os estilos e ritmos que movem o país.
Os Instrumentos de Raízes Africanas e sua Presença no Brasil
A chegada dos africanos ao Brasil trouxe consigo uma variedade de instrumentos musicais que seriam incorporados e adaptados à realidade musical brasileira. O berimbau, por exemplo, não é apenas um instrumento, mas um símbolo da resistência e da força cultural africana. Sua presença é marcante na capoeira, onde acompanha os movimentos e canta histórias de luta e liberdade. Outro exemplo é o agogô, cujos sinos metálicos ressoam nas cerimônias religiosas de matriz africana e nas batucadas do samba.
Ritmos que Contam Histórias
Os ritmos são a alma da música e, no Brasil, muitos deles carregam consigo a essência africana. O samba, que hoje é visto como um dos ícones da cultura brasileira, tem suas raízes no “semba”, termo de origem angolana. A complexidade rítmica do samba reflete a mistura explosiva de culturas e a capacidade de adaptação e reinvenção do povo africano em terras brasileiras. Além do samba, outros gêneros como o choro, a bossa nova e o maxixe também foram influenciados pelos ritmos africanos, criando uma tapeçaria musical rica e diversificada.
A Capoeira: Dança, Luta e Música
A capoeira é uma manifestação cultural única que sintetiza dança, luta e música em uma forma de expressão poderosa. Seu aspecto musical não apenas acompanha o jogo dentro da roda, mas também conta a história do povo africano no Brasil. Através das letras das músicas e do som vibrante dos atabaques, berimbaus e pandeiros, a capoeira perpetua a memória coletiva e a identidade afro-brasileira.
Manifestações Populares: O Legado Vivo das Tradições Africanas
As festividades brasileiras são palcos onde a influência africana se faz notar com especial vivacidade. O Carnaval, com seus desfiles espetaculares, ecoa as celebrações das aldeias africanas. As máscaras utilizadas nas fantasias são reminiscências das máscaras africanas, carregadas de simbolismo e poder. Outras manifestações como o maracatu, a congada e o jongo são expressões diretas dessa herança cultural, mantendo viva a conexão com as raízes africanas através da música e da dança.
A música africana não apenas moldou o panorama musical do Brasil; ela é um elemento vital na constante evolução da identidade cultural brasileira. Através dos sons, ritmos e instrumentos africanos, o Brasil continua a celebrar e reimaginar seu legado multicultural, garantindo que essa influência seja reconhecida como parte integrante e indispensável da sua riqueza cultural.
Instrumentos Musicais Africanos Ainda Presentes nas Composições Atuais
A música africana, com sua vasta gama de instrumentos e ritmos, tem permeado diversas culturas ao redor do globo, deixando um legado que ressoa até os dias atuais. Elementos percussivos, como o afoxé e o agogô, são exemplos claros de como a tradição africana se entrelaça com estilos musicais contemporâneos, como o samba e o reggae.
O afoxé, com sua característica sonoridade produzida pelo atrito das bolinhas em sua cabaça, e o agogô, com suas campânulas metálicas que dialogam entre si, criam camadas rítmicas que são a espinha dorsal de muitas composições modernas. Esses instrumentos não apenas sobreviveram à passagem do tempo mas também se adaptaram, encontrando espaço em novos contextos musicais e culturais.
O Berimbau e a Capoeira: Uma Sinfonia de Movimentos e Sons
Dentro do universo da capoeira, o berimbau assume um papel central, não apenas como um instrumento musical, mas como uma ferramenta de comunicação entre os capoeiristas. Sua sonoridade única, que emerge da interação entre a vara de madeira, a corda de aço e a cabaça, guia os movimentos dos praticantes e conta histórias através do ritmo.
A Cuíca no Samba: O Coração Rítmico do Carnaval Brasileiro
Já a cuíca, com seu som peculiar que remete ao choro de um animal selvagem, é uma peça-chave no carnaval brasileiro. A habilidade de manipular a tensão da membrana de couro enquanto se fricciona a haste de madeira cria uma explosão rítmica que é sinônimo de festividade e celebração.
Kora: A Harpa Africana Que Encanta o Mundo
Por outro lado, a kora, frequentemente descrita como uma harpa africana, destaca-se por suas 21 cordas e sua caixa de ressonância feita de cabaça. O som melódico e envolvente deste instrumento transcende fronteiras, ganhando admiradores em diferentes continentes e influenciando músicos que buscam incorporar timbres exóticos às suas obras.
Tambores: De Instrumentos Comunicativos a Ícones Musicais
Os tambores africanos são talvez os mais emblemáticos representantes da musicalidade do continente. Sua utilização vai além do aspecto lúdico; serviam historicamente como meio de comunicação entre comunidades distantes. Hoje, esses tambores continuam a ser pilares fundamentais em diversos gêneros musicais, carregando consigo séculos de história e cultura.
A presença desses instrumentos nas composições atuais demonstra não apenas uma sobrevivência cultural mas também uma adaptação dinâmica à evolução das sociedades. Eles são testemunhas vivas da influência africana na tapeçaria sonora global e continuam a inspirar artistas na criação de novas expressões musicais.
O berimbau e sua importância na música brasileira
A música africana, com sua rica diversidade de ritmos e instrumentos, tem exercido uma influência significativa na cultura musical em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Um dos exemplos mais emblemáticos dessa influência é o berimbau, um instrumento que não apenas representa uma conexão direta com as raízes africanas, mas também ocupa um lugar de destaque na tradição musical brasileira.
A Origem e a Estrutura do Berimbau
O berimbau, cuja presença no Brasil foi primeiramente documentada no século XVIII, é um instrumento de percussão que consiste em um arco de madeira (biriba), uma cabaça como ressonador e um fio de arame tensionado. A complexidade sonora do berimbau provém da habilidade do músico em manipular esses componentes básicos, produzindo sons distintos que variam em textura e tonalidade.
O Berimbau na Capoeira e Outros Contextos Culturais
Embora seja mais conhecido por seu papel central na capoeira, uma arte marcial afro-brasileira que combina dança, luta e música, o berimbau não se limita a esse contexto. Ele é utilizado em diversas práticas culturais, como nas celebrações do candomblé-de-caboclo, evidenciando a multifuncionalidade do instrumento e sua capacidade de adaptar-se a diferentes ambientes musicais.
Sons Característicos e Técnicas de Execução
O berimbau é capaz de produzir três tipos principais de sons: a nota solta, a nota presa e o chiado. Cada som é empregado em ritmos específicos que acompanham os movimentos da capoeira ou as narrativas das canções. A técnica para tocar o berimbau envolve não apenas a percussão do arame com uma baqueta, mas também o uso coordenado do caxixi e a manipulação da cabaça contra o corpo do músico para alterar a ressonância.
Influência e Legado Cultural
O legado cultural do berimbau transcende as fronteiras da música, tornando-se um símbolo da resistência cultural africana no Brasil. Sua sonoridade única e sua presença marcante nas expressões culturais brasileiras reforçam a importância desse instrumento como um elo entre passado e presente, entre África e Brasil. Através do berimbau, as tradições musicais africanas continuam vivas, influenciando gerações de músicos e perpetuando uma herança cultural rica e vibrante.
Ritmos afro-brasileiros e sua contribuição para o cenário musical
A música, como expressão cultural de um povo, carrega em suas notas e ritmos a história e a identidade de uma nação. No Brasil, a influência africana reverbera com intensidade, moldando o que hoje se reconhece como uma das mais ricas e diversificadas manifestações musicais do mundo. A contribuição dos ritmos afro-brasileiros ao cenário musical é indelével e multifacetada, estendendo-se desde as raízes mais profundas da música popular até os arranjos contemporâneos que atravessam fronteiras e conquistam ouvidos globais.
A gênese do samba, por exemplo, está intrinsecamente ligada aos batuques e à cadência dos ritmos africanos. O semba, gênero angolano cujo nome sugere uma dança de umbigada, é frequentemente citado como um dos antecessores do samba brasileiro. A complexidade rítmica desse estilo musical reflete a fusão de elementos culturais que ocorreu no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, onde as comunidades de escravizados africanos se reuniam em suas horas de folga para dançar, cantar e tocar.
Instrumentos musicais de origem africana
Os instrumentos que acompanham esses ritmos são tão variados quanto os próprios estilos musicais. O berimbau, com sua única corda tensionada e a cabaça que serve como caixa de ressonância, é emblemático da capoeira, arte marcial afro-brasileira que combina elementos de luta, dança e música. Já o agogô, constituído por dois ou mais sinos de metal ligados por uma haste, marca presença em diversos contextos musicais, do candomblé ao samba-reggae.
Outros ritmos marcados pela influência africana
Além do samba, o choro e a bossa nova são exemplos de gêneros que absorveram aspectos dos ritmos africanos. O choro surgiu no século XIX como uma interpretação brasileira da música europeia, mas rapidamente incorporou a sincopação e a improvisação características da música africana. A bossa nova, por sua vez, emergiu no final da década de 1950 com uma batida suave que remete ao samba, mas com harmonias sofisticadas que demonstram a complexidade dessa fusão cultural.
Manifestações populares como o Carnaval, o maracatu, a congada e o jongo são outros exemplos palpáveis da influência africana na música brasileira. Essas festividades não apenas celebram a herança cultural africana através da música e da dança, mas também funcionam como veículos para a transmissão de saberes ancestrais e resistência cultural.
A valorização dos ritmos afro-brasileiros não é apenas um reconhecimento da contribuição histórica da cultura negra ao país; é também um ato de apreciação pela complexidade e riqueza artística que esses ritmos representam. Ao se considerar a explosividade das batucadas carnavalescas em contraste com as melodias melancólicas do choro ou a suavidade da bossa nova, percebe-se um vasto espectro sonoro que desafia qualquer tentativa simplista de categorização.
É nesse caldeirão rítmico que se forja a identidade musical do Brasil – uma tapeçaria sonora tecida com fios de história e resistência. A perplexidade encontrada na multiplicidade de gêneros e estilos é um testemunho vivo da capacidade humana de criar beleza a partir da síntese cultural. E assim, os ritmos afro-brasileiros continuam a ecoar pelo mundo, não apenas como lembrança do passado, mas como inspiração constante para novas criações musicais.
A música africana é uma explosão de ritmos e melodias que reflete a rica tapeçaria cultural do continente. Desde o bater dos tambores até as harmonias complexas, ela influencia gêneros musicais pelo mundo todo, criando uma experiência auditiva única e vibrante que continua a inspirar e a emocionar.
1. Quais são os principais ritmos da música africana?
A música africana é conhecida por sua diversidade de ritmos, que variam de acordo com as diferentes regiões do continente. Alguns dos ritmos mais populares incluem o afrobeat, o highlife, o soukous, o mbaqanga, o juju e o rumba.
2. Como a música africana influenciou a música brasileira?
A música africana exerceu uma influência significativa na música brasileira, especialmente devido à chegada dos africanos escravizados ao país. Os ritmos africanos foram incorporados aos estilos musicais brasileiros, como o samba, o choro, a bossa nova e o maracatu, contribuindo para a formação da identidade musical do Brasil.
3. Quais são os instrumentos musicais característicos da música africana?
A música africana utiliza uma variedade de instrumentos tradicionais, como tambores (como djembe e dundun), kora (uma harpa africana), balafon (um tipo de xilofone), berimbau (um arco musical), entre outros. Esses instrumentos desempenham um papel fundamental na criação dos ritmos complexos e cativantes da música africana.
4. Qual é a importância da percussão na música africana?
A percussão é uma parte essencial da música africana, sendo responsável por criar os ritmos pulsantes e enérgicos característicos desse estilo musical. Os tambores africanos desempenham um papel central na percussão, proporcionando uma base rítmica sólida e empolgante que impulsiona as músicas e as danças.
5. Como os ritmos africanos são transmitidos de geração em geração?
Os ritmos africanos são transmitidos oralmente de geração em geração, geralmente através de práticas culturais como cerimônias religiosas, festivais e celebrações comunitárias. Os músicos africanos aprendem os ritmos através da observação, imitação e participação ativa nas atividades musicais de suas comunidades.
6. Quais são as influências culturais presentes na música africana?
A música africana reflete a vasta diversidade cultural do continente, assimilando influências de diferentes tradições étnicas e culturais. As influências culturais podem vir de elementos como a religião, os costumes tradicionais, a história e os movimentos migratórios.
7. Como a música africana expressa a identidade cultural das comunidades?
A música africana é uma forma de expressão artística que desempenha um papel fundamental na preservação da identidade cultural das comunidades. Através dos ritmos, melodias e letras das músicas, as comunidades africanas compartilham suas histórias, tradições e valores culturais com as gerações futuras.
8. Quais são os principais artistas africanos que ganharam reconhecimento internacional?
Alguns dos artistas africanos mais conhecidos internacionalmente incluem Fela Kuti (Nigéria), Miriam Makeba (África do Sul), Salif Keita (Mali), Youssou N’Dour (Senegal) e Angelique Kidjo (Benin). Esses artistas têm contribuído para difundir a música africana pelo mundo e promover a valorização e o reconhecimento da cultura africana.
9. Como a música africana tem sido reinterpretada em contextos contemporâneos?
A música africana tem sido reinterpretada em contextos contemporâneos através da fusão com outros estilos musicais, como o jazz, o hip-hop e a música eletrônica. Essas fusões criam novas sonoridades e abrem espaço para colaborações interculturais entre artistas africanos e internacionais.
10. Quais são as características dos ritmos africanos que os tornam tão cativantes?
Os ritmos africanos são conhecidos por sua complexidade e energia contagiante. Eles geralmente apresentam polirritmia, ou seja, combinações de diferentes padrões rítmicos que se sobrepõem e criam uma sensação de movimento constante. Além disso, os ritmos africanos incorporam elementos percussivos intensos que estimulam o corpo a dançar e se envolver com a música.
11. Como a música africana influencia a música popular atual?
A música africana tem influenciado diversos gêneros musicais populares atualmente, principalmente através de elementos rítmicos e percussivos. Muitos artistas internacionais têm incorporado ritmos africanos em suas músicas, trazendo uma nova dimensão sonora e promovendo uma maior diversidade cultural na indústria musical global.
12. Quais são os benefícios da valorização da música africana?
A valorização da música africana traz benefícios tanto para as comunidades africanas quanto para a sociedade em geral. Ela promove o respeito pela diversidade cultural e pela herança histórica do continente africano, além de contribuir para a preservação das tradições musicais e para o fortalecimento da identidade cultural das comunidades africanas.
13. Como as influências culturais da África se manifestam além da música?
Além da música, as influências culturais da África se manifestam em diversas outras áreas, como nas artes visuais (pintura, escultura), na culinária (pratos típicos africanos), nas práticas religiosas (rituais afro-brasileiros) e nas tradições orais (contação de histórias). Essas manifestações culturais contribuem para enriquecer a diversidade cultural do Brasil e de outros países onde ocorreu a diáspora africana.
14. Como a música africana contribui para a formação da identidade cultural do Brasil?
A música africana exerceu uma influência profunda na formação da identidade cultural do Brasil, especialmente através dos ritmos afro-brasileiros como o samba, o maracatu e o jongo. Esses ritmos são símbolos da resistência cultural afrodescendente no país e representam uma parte essencial da cultura brasileira.
15. Por que é importante conhecer e apreciar a música africana?
Conhecer e apreciar a música africana é importante porque ela nos permite entender melhor a diversidade cultural do continente africano e reconhecer sua contribuição para as expressões artísticas globais. Além disso, valorizar a música africana é um ato de respeito à cultura afrodescendente presente em muitos países ao redor do mundo, promovendo inclusão e justiça cultural.
- A música africana é conhecida por sua diversidade de ritmos e influências culturais.
- Cada região do continente africano tem sua própria tradição musical, com estilos distintos e instrumentos característicos.
- No oeste da África, por exemplo, o afrobeat é um gênero popular que combina elementos da música tradicional africana com o funk e o jazz.
- O berimbau é um instrumento africano que foi incorporado à cultura brasileira e se tornou símbolo da resistência e da força cultural africana.
- O agogô é outro instrumento de raiz africana presente nas cerimônias religiosas de matriz africana e nas batucadas do samba.
- O samba, a bossa nova, o choro e o maxixe são gêneros musicais brasileiros influenciados pelos ritmos africanos.
- A capoeira, uma manifestação cultural brasileira única que combina dança, luta e música, também é fortemente influenciada pela música africana.
- O carnaval brasileiro ecoa as celebrações africanas, com suas máscaras e fantasias inspiradas nas tradições africanas.
- Outras manifestações populares como o maracatu, a congada e o jongo também são expressões diretas da herança cultural africana no Brasil.
- A música africana continua a influenciar a música brasileira contemporânea, incorporando elementos percussivos como o afoxé e o agogô em estilos como o samba e o reggae.
Instrumentos de Raízes Africanas | Ritmos que Contam Histórias |
---|---|
O berimbau | O samba |
O agogô | O choro |
A bossa nova | |
O maxixe | |
A capoeira | |
Manifestações Populares | |
O Carnaval | |
O maracatu | |
A congada | |
O jongo |
Influência da música africana na formação cultural do Brasil
- Música africana: diversidade de ritmos e influências culturais
- Identidade cultural: música como pilar significativo
- Instrumentos de raízes africanas presentes no Brasil
- Berimbau: símbolo de resistência e força cultural africana
- Agogô: sinos metálicos em cerimônias religiosas e batucadas do samba
- Ritmos afro-brasileiros que contam histórias
- Samba: influências do “semba” angolano
- Choro, bossa nova e maxixe: influenciados pelos ritmos africanos
- Capoeira: dança, luta e música que perpetua a memória coletiva afro-brasileira
- Manifestações populares que mantêm viva a conexão com as raízes africanas
- Carnaval: eco das celebrações africanas com máscaras simbólicas
- Maracatu, congada e jongo: expressões diretas da herança cultural africana
- Música africana como elemento vital na identidade cultural brasileira
Instrumentos musicais africanos ainda presentes nas composições atuais
- Riqueza da música africana em ritmos e influências culturais
- Instrumentos percussivos como afoxé e agogô presentes no samba e reggae
- Afoxé: sonoridade produzida pelo atrito das bolinhas em cabaça
- Agogô: campânulas metálicas que dialogam entre si
- Berimbau na capoeira: instrumento musical e ferramenta de comunicação
- Cuíca no samba: coração rítmico do carnaval brasileiro
- Kora: harpa africana com 21 cordas e caixa de ressonância de cabaça
- Tambores africanos como ícones musicais e instrumentos comunicativos
- Instrumentos musicais africanos adaptados à evolução das sociedades
- Influência dos instrumentos na tapeçaria sonora global
- Preservação da herança cultural africana através dos instrumentos musicais
Ritmos afro-brasileiros e sua contribuição para o cenário musical
- Influência africana na música brasileira e sua diversidade de ritmos
- Gênese do samba relacionada aos ritmos africanos, como o semba angolano
- Instrumentos musicais de origem africana presentes nos ritmos afro-brasileiros
- Berimbau como símbolo de conexão com as raízes africanas e destaque na capoeira
- Agogô em diversos contextos musicais, do candomblé ao samba-reggae
- Choro e bossa nova absorvendo aspectos dos ritmos africanos
- Manifestações populares que celebram a herança cultural africana através da música e dança
- Valorização dos ritmos afro-brasileiros como reconhecimento histórico e apreciação artística
- Vasta gama de gêneros e estilos que desafiam categorizações simplistas
- Ritmos afro-brasileiros como testemunho da capacidade humana de criar beleza a partir da síntese cultural
- Inspiração constante dos ritmos afro-brasileiros para novas criações musicais ao redor do mundo
O berimbau e sua importância na música brasileira
- Influência africana na cultura musical brasileira através do berimbau
- Origem e estrutura do berimbau como instrumento de percussão
- Berimbau na capoeira e outros contextos culturais além da música brasileira
- Sons característicos e técnicas de execução do berimbau
- Legado cultural do berimbau como símbolo de resistência cultural africana no Brasil
- Presença marcante do berimbau nas expressões culturais brasileiras como elo entre África e Brasil
- Continuidade das tradições musicais africanas através do berimbau e influência em gerações de músicos brasileiros
Expansão da Música Africana: O Impacto no Cenário Internacional
A música africana, com sua rica diversidade de ritmos e influências culturais, não apenas moldou o panorama musical do próprio continente, mas também teve um impacto significativo no cenário internacional. Através da diáspora africana e da globalização, gêneros como o afrobeat, o highlife e o kwaito têm encontrado ouvintes em todas as partes do mundo, influenciando artistas e criando novos híbridos musicais. É importante destacar a contribuição de ícones como Fela Kuti, cuja música não só serviu como forma de expressão política, mas também como uma ponte entre culturas. A penetração internacional da música africana é um testemunho de sua universalidade e capacidade de transcender fronteiras culturais e geográficas.
O Papel das Tecnologias Digitais na Disseminação da Música Africana
No contexto atual, as tecnologias digitais desempenham um papel crucial na disseminação da música africana para públicos globais. Plataformas de streaming e redes sociais permitiram que artistas africanos alcançassem ouvintes em locais distantes, sem a necessidade de intermediários tradicionais da indústria musical. Este fenômeno não apenas democratiza o acesso à música, mas também proporciona aos músicos uma maior autonomia na gestão de suas carreiras. A digitalização da música africana representa uma nova era de oportunidades para artistas emergentes e estabelecidos, garantindo que os ritmos vibrantes e as mensagens poderosas que emanam do continente continuem a ressoar globalmente.
Fontes
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* _Paulek, Jean Carlos. “A Influência da Música Africana na Música Popular Brasileira”. Disponível em: https://repositorio.uninter.com/bitstream/handle/1/933/PAULEK%2C%20Jean%20Carlos.pdf?sequence=1&isAllowed=y_
* _Graeff, Lucas. “Músicas de resistência: a expressão cultural afro-brasileira”. Disponível em: https://www.abet.mus.br/wp-content/uploads/2022/04/8_vol_9_graeff.pdf_
* _Universidade Federal da Paraíba. “A música africana e afro-brasileira no contexto educacional”. Disponível em: http://www.ufpb.br/evento/index.php/xviieeh/xviieeh/paper/view/3276/2693_
* _Prefeitura de Novo São Joaquim. “A Música Africana e a formação cultural brasileira”. Disponível em: https://www.novosaojoaquim.mt.gov.br/fotos_educacao/1950.pdf_