A Revolução Industrial, fenômeno marcante do século 19, não somente reconfigurou a economia e a sociedade, mas também imprimiu suas marcas nas pinceladas da arte. Mas como as engrenagens e chaminés alteraram a estética e o propósito artístico daquela época? Antes de mergulharmos nos reflexos culturais dessa virada histórica, é crucial compreender os aspectos-chave da Revolução Industrial que moldaram tais transformações.
O advento da industrialização promoveu uma metamorfose na paisagem urbana, refletida vividamente na arte do século 19. Será que a dureza do trabalho industrial e a invenção da fotografia apenas escureceram as telas da época, ou houve quem encontrasse beleza na fumaça das fábricas? E como a busca por autenticidade e individualidade permeou a expressão artística em meio à padronização da produção em massa? Explore conos
Impacto da Revolução Industrial na Arte do Século 19
- A Revolução Industrial alterou significativamente o processo de criação e o conteúdo da arte no século 19.
- Essa transformação histórica trouxe avanços tecnológicos e mudanças sociais que refletiram diretamente na produção artística.
- As cidades industriais em expansão e a paisagem urbana alterada tornaram-se temas novos e recorrentes nas obras de arte.
- A arte começou a retratar as realidades do trabalho industrial, muitas vezes destacando a dureza e as condições precárias enfrentadas pelos trabalhadores.
- A invenção da fotografia revolucionou a representação artística, introduzindo uma nova forma de capturar e documentar a realidade com precisão.
- Em resposta à padronização e à produção em massa, os artistas buscaram formas de expressão mais autênticas e individuais.
- O movimento romântico surgiu como uma reação à industrialização, valorizando temas como a natureza, a emoção e a espiritualidade.
- A arte do século 19 refletiu as tensões entre o progresso industrial e a preservação dos valores tradicionais e humanísticos.
A Revolução Industrial teve um impacto significativo na arte e cultura do século 19. Com a transformação da paisagem urbana, artistas retrataram a dureza do trabalho e as condições precárias dos trabalhadores. Além disso, a invenção da fotografia permitiu uma representação mais precisa da realidade. Diante da padronização da produção em massa, muitos artistas buscaram autenticidade e individualidade em sua expressão artística. O movimento romântico, por exemplo, enfatizou a natureza, a espiritualidade e a individualidade como resposta à Revolução Industrial. Em resumo, a Revolução Industrial trouxe novas técnicas e estilos, refletindo as transformações sociais e culturais da época.
Principais aspectos da Revolução Industrial
A Revolução Industrial, um marco de transformações sem precedentes, reconfigurou o tecido social e econômico da sociedade. Com seu epicentro na Inglaterra do século XVIII, esse fenômeno expandiu-se, reverberando por todo o globo com ondas de inovações tecnológicas e alterações estruturais profundas. A transição da manufatura para a maquinofatura não apenas acelerou a produção de bens, mas também remodelou as relações laborais e a organização das cidades.
Na vanguarda desse processo, a indústria têxtil emergiu como um dos setores mais emblemáticos, com o advento do tear mecânico e as máquinas de fiar. Estas invenções catalisaram um aumento exponencial na produtividade, estabelecendo novos paradigmas de produção em massa. A divisão do trabalho tornou-se uma prática comum, segmentando o processo produtivo em etapas especializadas e fomentando um novo tipo de dinâmica no ambiente fabril.
A burguesia inglesa, detentora de capital acumulado e beneficiária de políticas como os cercamentos – que deslocaram camponeses para as cidades –, encontrou na Revolução Industrial o terreno fértil para expandir seus interesses econômicos. A disponibilidade de recursos naturais como carvão e ferro e a posição geográfica estratégica do país contribuíram decisivamente para que a Inglaterra se tornasse o berço dessa revolução.
O impacto desse período estendeu-se além das fronteiras industriais, influenciando profundamente as esferas artísticas e culturais. A arte refletiu as tensões e transformações da época, enquanto a cultura popular foi permeada por novos símbolos e narrativas advindos do contexto industrial. As consequências dessas mudanças foram ambivalentes: se por um lado houve avanços tecnológicos significativos em áreas como medicina, transporte e telecomunicações, por outro, emergiram desafios sociais complexos, incluindo condições laborais precárias e a necessidade de novas formas de representação política e social.
A Revolução Industrial não foi um fenômeno estático; ela evoluiu em ondas sucessivas, cada qual com suas características distintas. Desde a primeira fase (1760-1850) até as subsequentes – a Segunda Revolução Industrial (1850-1945) e a Terceira Revolução Industrial (1950 até os dias atuais) –, observa-se uma constante redefinição dos processos produtivos e das relações humanas. Este panorama complexo oferece um pano de fundo rico para compreender as intersecções entre progresso tecnológico e expressões artísticas e culturais que se desdobraram ao longo dos séculos.
Em meio à efervescência industrial, surgiram movimentos operários como o ludismo e o cartismo, que expressavam o descontentamento frente às adversidades enfrentadas pelos trabalhadores. Essas mobilizações são testemunhos da capacidade humana de buscar equidade em contextos de rápidas mudanças. Assim, ao considerarmos os principais aspectos da Revolução Industrial, é imperativo reconhecer seu papel indelével não só na redefinição dos meios de produção, mas também na moldagem das trajetórias artísticas e culturais que continuam a evoluir até hoje.
Transformação da paisagem urbana e sua influência na arte do século 19
No turbilhão de mudanças desencadeadas pela Revolução Industrial, a paisagem urbana sofreu transformações drásticas que repercutiram intensamente no âmbito artístico. O advento de novas tecnologias e o consequente crescimento das cidades moldaram um novo panorama visual, que artistas do século 19 capturaram com perspicácia em suas obras. A introdução de estruturas metálicas, como pontes e edifícios, além da proliferação de fábricas com suas chaminés fumegantes, proporcionou um vocabulário visual inédito para a expressão artística, marcando uma ruptura com as representações pastorais tão celebradas em períodos anteriores.
A arte, nesse contexto, não se limitou a registrar passivamente as alterações no cenário urbano; ela também se engajou ativamente na crítica às consequências sociais da industrialização. Pintores como Gustave Courbet e Jean-François Millet retrataram a vida dos trabalhadores e a dura realidade enfrentada por aqueles que migravam para as cidades em busca de emprego nas indústrias. Por outro lado, movimentos artísticos como o Impressionismo emergiram como resposta à nova atmosfera luminosa das cidades modernizadas, capturando a efemeridade da luz e a dinâmica da vida urbana com uma estética revolucionária que rompeu com as convenções acadêmicas.
Enquanto isso, a fotografia, um invento diretamente ligado aos avanços tecnológicos da época, começou a desempenhar um papel fundamental na documentação e disseminação das transformações urbanísticas. Fotógrafos pioneiros como Nadar elevaram a fotografia à condição de arte, explorando suas possibilidades enquanto meio de crítica social e registro histórico. A interação entre essas novas expressões artísticas e o ambiente urbano industrializado não apenas refletiu as mudanças estéticas e culturais da época, mas também influenciou a percepção pública sobre o progresso e seus impactos na sociedade contemporânea.
A estética do trabalho industrial na arte
A Revolução Industrial, um marco divisor na história da humanidade, reverberou intensamente no universo artístico do século XIX. A transição de métodos artesanais para sistemas de produção em massa e a consequente metamorfose das paisagens urbanas e sociais, desencadearam uma profunda reconfiguração na estética artística da época.
O surgimento de novas temáticas, como a vida nas fábricas, a divisão do trabalho e as condições dos operários, passou a ocupar o imaginário dos artistas. Este fenômeno pode ser observado na obra de Gustave Courbet, que com seu realismo crítico, capturou a essência da luta de classes e a alienação do trabalhador frente às máquinas. O pintor não apenas retratou a realidade bruta do trabalho industrial, mas também imortalizou a dignidade e a força dos trabalhadores em suas telas.
A influência da urbanização na arte
Com o crescimento vertiginoso das cidades, a urbanização tornou-se um tema recorrente na arte. Pintores como Claude Monet e Vincent Van Gogh documentaram as transformações arquitetônicas e sociais em suas obras. O impressionismo, movimento artístico que emergiu nesse contexto, caracterizou-se pela tentativa de capturar os efeitos da luz e cor sobre a paisagem urbana em constante mudança, refletindo assim o dinamismo da nova era industrial.
A fotografia: um novo olhar sobre a realidade
A invenção da fotografia foi outro ponto de inflexão para a arte durante a Revolução Industrial. Fotógrafos como Nadar exploraram as possibilidades deste novo meio para documentar com precisão científica as condições de vida e trabalho da época. A capacidade da fotografia de registrar instantâneos da realidade teve um impacto disruptivo sobre as artes plásticas, desafiando os artistas a buscarem novas formas de expressão e representação.
O Romantismo como contraponto
Em meio à ascensão do trabalho industrializado, surgiu o movimento romântico como uma espécie de contraponto à mecanização da existência humana. Os românticos, com sua valorização do sublime, do místico e do individualismo, buscavam refúgio na natureza e no espiritual para escapar das garras opressivas do progresso industrial. Artistas como William Blake e Caspar David Friedrich são exemplos notáveis dessa tendência que procurava preservar a singularidade humana contra a padronização imposta pela industrialização.
A dialética entre arte e indústria, portanto, delineou um panorama complexo no qual o conflito entre tradição e inovação se manifestou em diversas formas artísticas. A Revolução Industrial não somente transformou as técnicas produtivas e as condições sociais; ela também expandiu os horizontes estéticos e conceituais da arte, propiciando um terreno fértil para o surgimento de novos estilos e movimentos artísticos que continuam a influenciar o mundo até os dias atuais.
Impacto da invenção da fotografia na arte do século 19
A Revolução Industrial, marco transformador nas esferas sociais e econômicas, reverberou também no âmbito artístico com a invenção da fotografia. Esse advento tecnológico, surgido na década de 1830, provocou uma verdadeira metamorfose nos paradigmas estéticos e nas práticas artísticas vigentes. Ao possibilitar uma representação objetiva e detalhada da realidade, a fotografia instigou um questionamento profundo sobre a essência e os propósitos da pintura, que até então se dedicava ao mimetismo fiel do mundo visível.
Influência da Fotografia nos Movimentos Artísticos
A crise identitária na pintura desencadeada pela precisão fotográfica foi um catalisador para o surgimento de correntes inovadoras. O Impressionismo, por exemplo, emergiu como uma resposta à capacidade da câmera de capturar o real. Os pintores impressionistas, distanciando-se da reprodução literal, passaram a explorar as nuances transientes de luz e cor, buscando registrar não o objeto em si, mas a percepção subjetiva que ele evocava no observador. Esse movimento representou uma ruptura significativa com as convenções acadêmicas e abriu caminho para uma maior liberdade expressiva na arte.
Desdobramentos Estilísticos e Conceituais
Além do Impressionismo, outras correntes artísticas foram profundamente influenciadas pela fotografia. O Expressionismo, por exemplo, enfatizou a expressão emocional intensa através de pinceladas vigorosas e paletas cromáticas saturadas, enquanto o Cubismo desafiou a percepção tradicional do espaço ao fragmentar objetos em formas geométricas. Esses movimentos refletem uma tendência crescente de abstração na arte, onde a representação exata da realidade cedia lugar à exploração de aspectos mais intrínsecos e subjetivos da experiência humana.
A dualidade expressiva da fotografia, conforme discutido por teóricos como Roland Barthes, também contribuiu para ampliar o escopo artístico. A fotografia não se limitava à mera documentação; ela adquiria camadas simbólicas e expressivas que transcendiam o registro factual. Assim, ao mesmo tempo em que desafiava a pintura a encontrar novas direções, a própria fotografia se estabelecia como um meio legítimo de criação artística com suas próprias convenções estéticas e narrativas visuais.
Em resumo, a invenção da fotografia durante a Revolução Industrial acarretou uma redefinição das fronteiras entre arte e tecnologia. Através dessa nova lente, artistas foram impelidos a reconsiderar suas técnicas e concepções sobre representação, dando origem a uma era de experimentações sem precedentes que continuam a influenciar o panorama cultural até os dias atuais.
A Encyclopædia Britannica pode nos contar muito sobre como a Revolução Industrial não só moldou a economia mundial, mas também sacudiu as esferas artística e cultural. Novas tecnologias e materiais transformaram as expressões criativas, gerando um diálogo fascinante entre progresso e tradição.
1. Quais foram os principais aspectos da Revolução Industrial?
A Revolução Industrial foi marcada por transformações sociais e econômicas sem precedentes, como a transição da manufatura para a maquinofatura, o aumento da produtividade com a mecanização e a produção em massa, a divisão do trabalho e a urbanização acelerada.
2. Como a Revolução Industrial impactou a arte e a cultura?
A Revolução Industrial influenciou profundamente as esferas artísticas e culturais, trazendo novos símbolos e narrativas advindos do contexto industrial. A arte refletiu as tensões e transformações da época, enquanto a cultura popular foi permeada por essas mudanças. Surgiram movimentos operários e artistas retrataram a vida dos trabalhadores e as condições precárias de trabalho.
3. Como a transformação da paisagem urbana influenciou a arte do século 19?
As transformações na paisagem urbana, como o surgimento de estruturas metálicas e fábricas com chaminés fumegantes, proporcionaram um novo vocabulário visual para a expressão artística. Pintores capturaram essas mudanças em suas obras, retratando tanto a dura realidade dos trabalhadores quanto a nova atmosfera luminosa das cidades modernizadas.
4. Qual foi o impacto da invenção da fotografia na arte do século 19?
A invenção da fotografia durante a Revolução Industrial provocou uma metamorfose nos paradigmas estéticos e nas práticas artísticas vigentes. A precisão fotográfica levou os artistas a questionarem os propósitos da pintura, resultando no surgimento de movimentos como o Impressionismo, que explorou nuances de luz e cor, e o Expressionismo, que enfatizou a expressão emocional intensa.
5. Quais foram os desdobramentos estilísticos e conceituais na arte influenciados pela fotografia?
Além do Impressionismo, outros movimentos artísticos como o Expressionismo e o Cubismo foram influenciados pela fotografia. O Expressionismo explorou a expressão emocional intensa através de pinceladas vigorosas, enquanto o Cubismo desafiou a percepção tradicional do espaço ao fragmentar objetos em formas geométricas. Esses movimentos refletiram uma tendência crescente de abstração na arte.
6. Como a dualidade expressiva da fotografia contribuiu para ampliar o escopo artístico?
A fotografia não se limitou apenas à documentação, mas adquiriu camadas simbólicas e expressivas que transcendiam o registro factual. Isso desafiou a pintura a encontrar novas direções e estabeleceu a fotografia como um meio legítimo de criação artística, com suas próprias convenções estéticas e narrativas visuais.
7. Quais foram os movimentos operários que surgiram durante a Revolução Industrial?
Durante a Revolução Industrial, surgiram movimentos operários como o ludismo e o cartismo. O ludismo era um movimento de trabalhadores que protestavam contra as máquinas que substituíam seus empregos, enquanto o cartismo buscava melhorias nas condições de trabalho e representação política dos trabalhadores.
8. Como o Romantismo se relacionou com a Revolução Industrial?
O Romantismo surgiu como um contraponto à mecanização da existência humana durante a Revolução Industrial. Os artistas românticos buscavam refúgio na natureza e no espiritual para escapar das garras opressivas do progresso industrial. Eles valorizavam o sublime, o místico e o individualismo como forma de preservar a singularidade humana contra a padronização imposta pela industrialização.
9. Como as mudanças na produção de arte durante a Revolução Industrial impactaram sua democratização?
Com as novas formas de produção em massa, como a impressão em larga escala, houve uma democratização da arte durante a Revolução Industrial. A produção tornou-se mais acessível ao público em geral, saindo dos ateliês individuais dos artistas e alcançando um maior número de pessoas.
10. Como a Revolução Industrial redefiniu as fronteiras entre arte e tecnologia?
A Revolução Industrial redefiniu as fronteiras entre arte e tecnologia ao introduzir novas formas de produção em massa, como a impressão em larga escala, que desafiaram as técnicas tradicionais dos artistas. A fotografia também teve um papel fundamental nesse processo ao questionar os propósitos da pintura com sua representação objetiva e detalhada da realidade.
11. Quais foram os principais desafios sociais enfrentados durante a Revolução Industrial?
Durante a Revolução Industrial, emergiram desafios sociais complexos, incluindo condições laborais precárias para os trabalhadores nas fábricas, deslocamento dos camponeses para as cidades devido aos cercamentos de terras e necessidade de novas formas de representação política e social frente às mudanças estruturais.
12. Como as mudanças na produção de arte afetaram os artistas durante a Revolução Industrial?
As mudanças na produção de arte durante a Revolução Industrial afetaram os artistas ao desafiarem suas técnicas tradicionais e propiciarem novas formas de expressão. Alguns artistas abraçaram essas mudanças, enquanto outros resistiram às transformações impostas pela industrialização.
13. Quais foram as principais características do Impressionismo?
O Impressionismo foi caracterizado pela tentativa de capturar os efeitos da luz e cor sobre a paisagem urbana em constante mudança durante a Revolução Industrial. Os impressionistas buscaram registrar não apenas o objeto em si, mas também a percepção subjetiva que ele evocava no observador através de pinceladas soltas e cores vibrantes.
14. Como os artistas retrataram as condições dos trabalhadores durante a Revolução Industrial?
Artistas como Gustave Courbet e Jean-François Millet retrataram as condições dos trabalhadores durante a Revolução Industrial em suas obras realistas. Eles capturaram tanto a realidade bruta do trabalho industrial quanto a dignidade e força dos trabalhadores que enfrentavam adversidades nas fábricas.
15. Qual é o legado da Revolução Industrial na arte contemporânea?
O legado da Revolução Industrial na arte contemporânea pode ser observado na contínua exploração das relações entre tecnologia e expressão artística. Movimentos como o Pop Art utilizam elementos da cultura industrial em suas obras, enquanto artistas contemporâneos exploram as possibilidades das novas mídias digitais na criação artística. A revolução tecnológica continua a moldar o panorama artístico atualmente.
- A Revolução Industrial trouxe uma mudança significativa na forma como a arte era produzida, com a introdução da produção em massa e da mecanização.
- A industrialização permitiu a democratização da arte, tornando-a mais acessível ao público em geral.
- A urbanização acelerada durante a Revolução Industrial influenciou a estética da arte do século 19, com pintores retratando as transformações na paisagem urbana.
- A fotografia, uma invenção diretamente ligada à Revolução Industrial, teve um impacto significativo na documentação e disseminação das transformações urbanísticas.
- O surgimento de novas temáticas, como a vida nas fábricas e as condições dos operários, passou a ocupar o imaginário dos artistas.
- O movimento romântico surgiu como uma contraponto à mecanização da existência humana, buscando refúgio na natureza e no espiritual.
- A invenção da fotografia desencadeou uma crise na pintura, levando ao surgimento de movimentos artísticos inovadores, como o Impressionismo.
- A fotografia influenciou outras correntes artísticas, como o Expressionismo e o Cubismo, que exploraram novas formas de expressão e representação.
- A fotografia também adquiriu camadas simbólicas e expressivas, transcendendo o registro factual e estabelecendo-se como um meio legítimo de criação artística.
- A Revolução Industrial não apenas transformou as técnicas produtivas e as condições sociais, mas também expandiu os horizontes estéticos e conceituais da arte.
Aspectos da Revolução Industrial | Impacto na Arte e Cultura |
---|---|
Indústria têxtil e produção em massa | Democratização da arte |
Burguesia e capital acumulado | Novos símbolos e narrativas na cultura popular |
Transformação da paisagem urbana | Nova estética na arte do século 19 |
A estética do trabalho industrial | Crítica social e representação dos trabalhadores |
Invenção da fotografia | Redefinição das fronteiras entre arte e tecnologia |
Glossário
– Revolução Industrial: Período de transformações sociais, econômicas e tecnológicas que ocorreu na Inglaterra no século XVIII e se espalhou pelo mundo, marcado pela transição da manufatura para a maquinofatura e pela produção em massa.
– Manufatura: Sistema de produção em que os produtos são feitos manualmente por artesãos em pequena escala.
– Maquinofatura: Sistema de produção em que os produtos são fabricados em larga escala com o auxílio de máquinas.
– Teor mecânico: Invenção que revolucionou a indústria têxtil durante a Revolução Industrial, permitindo a produção em larga escala de tecidos.
– Máquina de fiar: Invenção que agilizou o processo de fiação do algodão durante a Revolução Industrial.
– Produtividade: Capacidade de produzir uma quantidade maior de bens ou serviços em um determinado período de tempo.
– Divisão do trabalho: Prática de segmentar o processo produtivo em etapas especializadas, aumentando a eficiência e a produtividade.
– Burguesia: Classe social composta pelos proprietários dos meios de produção, como fábricas e indústrias, que se beneficiaram da Revolução Industrial.
– Cercamentos: Políticas que deslocaram camponeses das áreas rurais para as cidades, contribuindo para o crescimento da mão de obra disponível para as indústrias durante a Revolução Industrial.
– Recursos naturais: Matérias-primas encontradas na natureza, como carvão e ferro, que foram fundamentais para impulsionar a Revolução Industrial na Inglaterra.
– Impacto na arte e cultura: Influência da Revolução Industrial nas esferas artísticas e culturais, refletindo as transformações e tensões sociais da época.
– Movimentos operários: Mobilizações dos trabalhadores, como o ludismo e o cartismo, em busca de melhores condições laborais durante a Revolução Industrial.
– Paisagem urbana: Transformações na aparência das cidades decorrentes do crescimento industrial, como a construção de pontes, edifícios e fábricas.
– Vocabulário visual: Conjunto de elementos visuais utilizados pelos artistas para representar a realidade, influenciado pelas mudanças na paisagem urbana durante a Revolução Industrial.
– Estética revolucionária: Novas formas de representação artística que romperam com as convenções acadêmicas durante a Revolução Industrial.
– Fotografia: Invenção que surgiu durante a Revolução Industrial e teve um impacto significativo na arte, permitindo registrar com precisão científica as transformações urbanísticas e sociais da época.
– Realismo crítico: Estilo artístico que retratava a realidade bruta do trabalho industrial e denunciava as condições precárias dos operários durante a Revolução Industrial.
– Urbanização: Crescimento acelerado das cidades decorrente do desenvolvimento industrial durante a Revolução Industrial.
– Impressionismo: Movimento artístico que surgiu como resposta à nova atmosfera luminosa das cidades modernizadas durante a Revolução Industrial, capturando os efeitos da luz e cor sobre a paisagem urbana em constante mudança.
– Fotógrafos pioneiros: Profissionais que exploraram as possibilidades da fotografia como meio de crítica social e registro histórico durante a Revolução Industrial.
– Romantismo: Movimento artístico que surgiu como contraponto à mecanização da existência humana durante a Revolução Industrial, valorizando o sublime, o místico e o individualismo.
– Dualidade expressiva da fotografia: Capacidade da fotografia de registrar instantâneos da realidade ao mesmo tempo em que adquire camadas simbólicas e expressivas, desafiando as convenções estéticas e narrativas visuais.
Intersecção da Tecnologia e Arte na Era Digital
Com a evolução contínua da tecnologia, a interação entre a arte e os novos meios digitais tornou-se um campo fértil para a inovação e a expressão criativa. No seguimento do impacto da Revolução Industrial na arte e cultura, observa-se hoje uma transformação digital que redefine as fronteiras da criação artística. Artistas contemporâneos estão explorando as possibilidades que a inteligência artificial, a realidade virtual e a impressão 3D oferecem, criando obras que são não apenas visualmente impressionantes, mas também interativas e imersivas. O conceito de arte generativa, onde algoritmos e códigos tornam-se pincéis e paletas, ilustra bem essa nova era onde a tecnologia atua como co-autora das peças artísticas. Este fenômeno ressalta a importância de se entender como as ferramentas digitais podem ser empregadas para expandir o vocabulário visual e sensorial da arte contemporânea.
A Influência da Revolução Industrial na Arquitetura Moderna
A arquitetura, como uma manifestação cultural significativa, também sofreu grandes transformações com o advento da Revolução Industrial. A disponibilidade de novos materiais, como o aço e o vidro, e técnicas construtivas inovadoras possibilitaram o surgimento de estruturas arquitetônicas que desafiaram os limites do design tradicional. O movimento modernista na arquitetura, exemplificado por mestres como Le Corbusier e Mies van der Rohe, é diretamente influenciado pelos avanços tecnológicos dessa época. A funcionalidade passou a ser um valor central, refletindo-se no uso de linhas limpas, formas geométricas simples e na integração entre o espaço interior e exterior. Este tópico é essencial para compreender como a Revolução Industrial não apenas moldou o panorama artístico e cultural, mas também estabeleceu as bases para a arquitetura contemporânea, marcada pela busca incessante por inovação e sustentabilidade.
Fontes
* _ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM HISTÓRIA ECONÔMICA (ABPHE). As origens culturais e políticas da Revolução Industrial. Disponível em: https://www.abphe.org.br/uploads/ABPHE%202017/5%20As%20origens%20culturais%20e%20pol%C3%ADticas%20da%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial.pdf. Acesso em: data de acesso._
* _UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). Economia e sociedade na Inglaterra pré-industrial. Disponível em: https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/3448/TD264.pdf. Acesso em: data de acesso._
* _UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC). Artes e Revolução Industrial: Novas perspectivas. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/download/84415/51114/334588. Acesso em: data de acesso._
* _UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL). Da revolução industrial e suas consequências: um breve histórico sobre a indústria têxtil no Brasil e em Alagoas. Disponível em: https://www.repositorio.ufal.br/bitstream/123456789/10648/1/Da%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20industrial%20e%20suas%20consequ%C3%AAncias_um%20breve%20hist%C3%B3rico%20sobre%20a%20ind%C3%BAstria%20t%C3%AAxtil%20no%20Brasil%20e%20em%20Alagoas.pdf. Acesso em: data de acesso._
* _UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC). A influência da Revolução Industrial nas artes visuais e no design. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/download/2535/1896/5953. Acesso em: data de acesso._